A construção civil é um setor essencial para o crescimento das cidades e para o desenvolvimento econômico. No entanto, obras tradicionais podem gerar impactos ambientais e sociais significativos para a vizinhança, como poluição do ar, poeira em suspensão, resíduos descartados de forma inadequada, contaminação da água e poluição sonora.
Porém, a certificação LEED propõe uma abordagem sustentável para o setor da construção civil, minimizando esses impactos durante a obra.
Mas como uma obra LEED consegue reduzir seu impacto na vizinhança? Explicaremos neste artigo.
1. Identifica as Atividades Geradoras de Poluição
Antes de iniciar a construção, uma obra certificada LEED identifica as principais atividades que podem gerar poluição e implementa medidas de controle. Alguns exemplos incluem:
Movimentação de solo: remoção de vegetação, nivelamento e escavação, que podem aumentar a emissão de poeira e causar erosão.
Concretagem e pavimentação: liberação de partículas suspensas, resíduos de cimento e óleos, além do risco de entupimento de bocas de lobo.
Tráfego de veículos: entrada e saída de caminhões podem gerar lama, espalhar resíduos oleosos e compactar o solo de forma prejudicial.
Armazenamento de materiais: exposição de areia, cimento e produtos químicos ao vento e à chuva pode resultar na contaminação do solo e da água.
Com esse mapeamento, a obra consegue adotar estratégias eficazes para minimizar esses impactos desde o início.
2. Controle da Poluição do Ar
A poluição do ar é um dos principais problemas das obras tradicionais, causada principalmente pelo uso de motores a diesel em máquinas pesadas e pela emissão de poeira e partículas suspensas. Obras certificadas pelo LEED precisam adotar medidas para mitigar essa poluição, como:
Controle da poeira com barreiras físicas e sistemas de umidificação do solo.
Planejamento da movimentação de veículos e maquinários para reduzir emissões.
Varrição com uso de dispersão de água para evitar poeira.
Molhar o solo regularmente para evitar poeira suspensa.
Essas práticas ajudam a manter a qualidade do ar ao redor da obra, beneficiando tanto os trabalhadores quanto os moradores da vizinhança.
3. Controle de Sedimentos
A erosão do solo e o carreamento de sedimentos podem causar diversos problemas, como assoreamento de cursos d’água, entupimento de bueiros e contaminação do solo. Para evitar isso, obras certificadas LEED implementam medidas como:
Instalar tapumes fechados até o chão para evitar que sedimentos cheguem à rua ou calçada
Utilizar cercas de contenção e filtros em bueiros.
Criar áreas específicas para armazenamento de materiais e resíduos
Uso de telas protegendo as caçambas que saem da obra.
Lavagem dos pneus de todos os caminhões que saem da obra, com água de chuva recuperada.
Essas estratégias ajudam a manter a cidade limpa e evitam prejuízos à infraestrutura urbana.
4. Redução da Poluição da Água
A contaminação da água por resíduos de construção pode prejudicar rios, lagos e até mesmo o abastecimento local. Para evitar isso, uma obra LEED implementa medidas como:
Gestão eficiente de resíduos líquidos, evitando que substâncias químicas contaminem lençóis freáticos.
Captação e reutilização da água da chuva, reduzindo a demanda por recursos hídricos.
Barreiras e sistemas de drenagem que evitam o carregamento de sedimentos para bueiros e bocas de lobo.
Com essas práticas, a obra minimiza os riscos de poluição e contribui para a preservação dos recursos hídricos da região.
5. Preservação do Solo e das Áreas Naturais
A movimentação excessiva de terra e o descarte inadequado de materiais podem comprometer o solo e a vegetação ao redor da construção. Obras sustentáveis evitam esse problema ao:
Reduzir a remoção de solo e adotar técnicas que preservam sua estrutura.
Minimizar a área exposta durante a construção.
Manter barreiras naturais sempre que possível.
Usar métodos de estabilização do solo, como plantio de vegetação temporária.
Criar áreas verdes e sistemas de paisagismo que contribuem para a absorção da água da chuva e evitam a erosão.
Essas práticas ajudam a manter o equilíbrio ambiental e reduzem os impactos negativos na área da obra e em seu entorno.
6. Gestão Eficiente de Resíduos
Em obras convencionais, grandes quantidades de entulho são descartadas sem critérios, sobrecarregando aterros sanitários e gerando impactos ambientais. Já em uma obra LEED, há um planejamento eficiente para reduzir e reaproveitar resíduos, com ações como:
Separação e reciclagem de materiais como concreto, metal e madeira.
Utilização de caçambas específicas para descarte de materiais.
Uso de técnicas construtivas que reduzem desperdícios.
Separação e coleta de resíduos recicláveis e perigosos.
Reaproveitamento de materiais para novas construções.Dessa forma, a quantidade de lixo gerado pela obra diminui, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a comunidade.
7. Monitoramento e Manutenção
Para garantir que todas essas práticas sejam realmente aplicadas ao longo da obra, há um processo contínuo de monitoramento e controle:
Treinamento regular para todos os envolvidos na obra sobre as práticas sustentáveis.
Sinalizações no canteiro de obras informando sobre as medidas ambientais adotadas.
Reuniões periódicas para avaliação da implementação do plano.
Inspeções semanais pelo supervisor LEED, com relatórios enviados ao Estúdio Letti para verificação e ajustes, se necessários.
Com esta melhoria contínua, evita-se impacto negativo na vizinhança
Conclusão
Construir um edifício sustentável vai muito além da escolha de materiais e do consumo eficiente de energia. Uma obra LEED minimiza seu impacto na vizinhança ao reduzir a poluição do ar, da água e do solo, controlar resíduos e preservar recursos naturais.
Além de proporcionar um ambiente mais saudável para os trabalhadores e moradores ao redor, a adoção dessas medidas reforça o compromisso com um futuro mais sustentável e equilibrado para as cidades.
Se você deseja saber mais sobre como implementar práticas sustentáveis na sua obra, entre em contato conosco pelo e-mail [email protected] ou pelo WhatsApp (47) 99632-3912.
O LEED Existing Building (LEED EBOM), desenvolvido pelo U.S. Green Building Council (USGBC), é um sistema de certificação projetado para elevar os padrões de sustentabilidade em edificações já construídas. Este sistema tem como foco a operação e manutenção de edifícios, promovendo melhorias que impactam diretamente na eficiência operacional e na redução de impactos ambientais.
Na versão mais recente, o LEED v5, novos caminhos serão trilhados para tornar a descarbonização mais acessível e eficiente, ampliando o impacto desse sistema de certificação no mercado imobiliário global.
O que é LEED Existing Building?
Lançado em 2004, o LEED Existing Building foi criado para promover práticas de gestão sustentável em edifícios existentes. Ao contrário das certificações para novas construções, como o LEED BD+C (Building Design and Construction), o LEED EBOM concentra-se em aprimorar o desempenho operacional de edifícios já prontos, incentivando medidas que reduzem o consumo de energia, água e recursos, ao mesmo tempo em que melhoram a qualidade ambiental interna.
No entanto, o LEED v4, lançado posteriormente, elevou o padrão de entrada ao exigir uma pontuação mínima de 75 no Energy Star, o que significa que apenas os 25% melhores edifícios em termos de eficiência podiam ser certificados. Embora essa exigência tenha incentivado a excelência, ela também deixou de fora muitos edifícios que poderiam se beneficiar do processo de certificação.
Com o LEED v5, o USGBC busca corrigir essa exclusão, permitindo que mais proprietários e gestores iniciem sua jornada rumo à sustentabilidade. Essa nova abordagem não apenas amplia o impacto do sistema, mas também ajuda a acelerar a transição para um futuro mais eficiente e de baixo carbono.
Por Que LEED Existing Building É Importante?
O setor de edificações é um dos maiores contribuintes para as emissões globais de carbono, sendo responsável por cerca de 40% do consumo de energia mundial. Isso inclui tanto as novas construções quanto os edifícios existentes. Embora muito foco seja dado à construção de edifícios sustentáveis, as estruturas já existentes representam a maior parte do parque edificado e, portanto, oferecem um enorme potencial para redução de emissões.
O LEED Existing Building é importante porque:
Aproveita Infraestruturas Existentes: Em vez de demolir e reconstruir, o LEED EBOM promove melhorias nos edifícios já existentes, reduzindo o desperdício de recursos.
Incentiva a Descarbonização: Com foco em eficiência energética, consumo de água e gestão de resíduos, o sistema contribui para a redução das emissões de carbono.
Melhora a Qualidade de Vida: As práticas promovidas pelo LEED EBOM também incluem a melhoria da qualidade do ar interno e o uso de produtos de limpeza ecológica, beneficiando a saúde dos ocupantes.
Alinha-se às Demandas do ESG: O mercado está cada vez mais voltado para metas ambientais, sociais e de governança (ESG). A certificação LEED ajuda organizações a cumprir compromissos climáticos e sociais.
O Que Muda no LEED v5?
O LEED Existing Building v5 traz mudanças significativas para tornar o processo mais inclusivo e eficaz. Algumas das principais transformações incluem:
Inclusão de Mais Edifícios
Ao reduzir as barreiras de entrada, como a exigência de altos desempenhos iniciais, o LEED v5 pretende engajar mais proprietários e gestores de edifícios, incluindo aqueles que estão apenas começando sua jornada rumo à sustentabilidade.
Foco na Melhoria Contínua
Em vez de exigir padrões mínimos rígidos, o sistema agora recompensa melhorias graduais no desempenho. Isso incentiva um processo de evolução sustentável que pode ser mantido ao longo do tempo.
Integração com Programas ESG
O LEED v5 também introduz o conceito de “roteiros de descarbonização no nível do ativo”, permitindo que as organizações alinhem seus portfólios de edifícios às metas ambientais estabelecidas em seus programas ESG. Isso inclui o uso de fontes de financiamento, como o Inflation Reduction Act, para investir em eficiência energética e descarbonização.
Casos de Sucesso e Modelos Inspiradores
Um modelo que inspirou mudanças no LEED v5 é o BIT Building, gerido pelo Southface Energy Institute. O BIT foi criado para melhorar o desempenho de todos os edifícios existentes, independentemente de seu ponto de partida. Sua abordagem baseada em melhores práticas inclui:
Energia e Água: Redução do consumo e monitoramento de uso.
Qualidade do Ar Interno: Manutenção de ambientes mais saudáveis para os ocupantes.
Limpeza Sustentável: Uso de produtos menos agressivos ao meio ambiente.
O USGBC reconhece o impacto positivo do modelo BIT e está incorporando lições em suas novas estratégias para o LEED v5.
Benefícios do LEED Existing Building
Adotar o LEED Existing Building traz benefícios tangíveis e intangíveis, como:
Redução de Custos Operacionais: Práticas sustentáveis economizam energia, água e outros recursos, reduzindo despesas.
Maior Valoração do Imóvel: Edifícios certificados são mais atraentes para investidores e locatários.
Conformidade Regulamentar: Ajuda a atender a regulamentos ambientais cada vez mais rigorosos.
Satisfação dos Ocupantes: Melhoria na qualidade de vida e no conforto dos usuários.
Impacto Positivo no Meio Ambiente: Redução das emissões de carbono e desperdício de recursos.
Como Começar com o LEED Existing Building
Iniciar o processo de certificação pode parecer desafiador, mas o USGBC fornece ferramentas como o Arc Skoru, que permite monitorar dados de desempenho e identificar áreas de melhoria. Seguir estas etapas pode ajudar:
Avaliação Inicial: Identificar as áreas prioritárias para melhorias.
Estabelecer Metas: Definir objetivos claros para economia de energia, água e outros recursos.
Implementar Melhorias: Adotar medidas que impactem positivamente o desempenho.
Monitorar Resultados: Usar ferramentas como o Arc para rastrear progresso e ajustar estratégias.
Solicitar Certificação: Com as melhorias implementadas, submeter o edifício ao processo de certificação.
Conclusão
O LEED Existing Building continua a evoluir, ampliando seu impacto no mercado imobiliário e na sustentabilidade global. Com o lançamento do LEED v5, a certificação está mais acessível e adaptada às necessidades de um setor em transformação. Esse movimento visa não apenas melhorar o desempenho ambiental dos edifícios, mas também contribuir para soluções de longo prazo contra as mudanças climáticas.
Adotar o LEED Existing Building não é apenas uma estratégia inteligente para proprietários e gestores de edifícios, mas também um compromisso essencial para criar um futuro mais eficiente, justo e sustentável. Com práticas que reduzem custos, melhoram o desempenho e contribuem para metas ambientais, o LEED EBOM torna-se cada vez mais um aliado indispensável para quem busca liderança em sustentabilidade.
A Certificação ASHRAE BEMP (Building Energy Modeling Professional) tem se destacado como um marco importante para profissionais da área de modelagem, ou simulação, energética. Este certificado, oferecido pela renomada ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers), proporciona reconhecimento profissional e validação de competências em simulação de energia para edificações. Neste artigo, exploraremos os benefícios da Certificação ASHRAE BEMP para profissionais e empresas que contratam este serviço, além de abordar os requisitos, processos e impacto no mercado de trabalho.
O que é a Certificação ASHRAE BEMP?
A Certificação ASHRAE BEMP é um programa de certificação acreditado pelo ANSI National Accreditation Board (ANAB), em conformidade com a norma internacional ISO/IEC 17024. Ela foi projetada para avaliar a competência de profissionais em modelagem de energia, uma área crítica na concepção e operação de edificações sustentáveis. A certificação abrange conhecimentos em softwares de modelagem, simulação de desempenho energético, regulamentação, códigos de construção e boas práticas da indústria.
Ao obter a certificação, os profissionais comprovam sua habilidade de criar modelos de energia precisos e eficazes, ajudando a otimizar o consumo energético de edificações e promover soluções sustentáveis. A Certificação ASHRAE BEMP é amplamente reconhecida no mercado global, garantindo aos seus portadores um diferencial competitivo significativo.
Benefícios para Profissionais
Reputação e Reconhecimento A Certificação ASHRAE BEMP é um selo de excelência que confere credibilidade imediata ao profissional. Além disso, o selo digital associado à certificação aumenta a visibilidade no mercado e demonstra expertise em modelagem de energia.
Avanço na Carreira Ter a Certificação ASHRAE BEMP abre portas para promoções, aumentos salariais e oportunidades em projetos mais complexos. Profissionais certificados são frequentemente procurados por empresas que buscam soluções sustentáveis e eficientes para edificações.
Demonstração de Competência A certificação comprova que o profissional possui conhecimento profundo em modelagem energética, desde o uso de softwares especializados até o entendimento de normas e regulamentações. Isso aumenta a confiança dos clientes.
Desenvolvimento Contínuo O processo para obter e manter a Certificação ASHRAE BEMP incentiva o aprendizado contínuo e o aprimoramento de habilidades, mantendo os profissionais atualizados com as inovações do setor.
Benefícios da Certificação ASHRAE BEMP para Clientes
Otimização do Consumo Energético Um profissional certificado BEMP tem conhecimento avançado em modelagem energética de edifícios, permitindo identificar oportunidades para reduzir o consumo de energia e custos operacionais ao simular diferentes cenários e sistemas.
Conformidade com Normas e Certificações Profissionais BEMP garantem que os projetos estejam em conformidade com normas como ASHRAE e outras regulamentações energéticas, além de contribuir para processos de certificação, como LEED, BREEAM ou programas locais de eficiência energética.
Decisões Mais Informadas no Projeto Por meio de análises detalhadas e modelagem, o profissional ajuda a prever o desempenho energético do edifício durante a fase de projeto, facilitando a tomada de decisões mais assertivas em relação a sistemas de HVAC, iluminação e materiais construtivos.
Redução de Custos ao Longo do Ciclo de Vida O trabalho do BEMP permite não apenas reduzir os custos de operação e manutenção, mas também identificar estratégias que diminuem investimentos iniciais e melhoram o retorno sobre o investimento (ROI) ao longo do ciclo de vida do edifício.
Como Obter a Certificação ASHRAE BEMP
Requisitos
Para se qualificar para o exame, os candidatos devem atender a requisitos específicos de experiência profissional e educacional. A ASHRAE recomenda pelo menos dois a cinco anos de experiência em modelagem de energia para edificações, dependendo do nível de formação acadêmica do candidato.
Processo de Certificação
Inscrição Os candidatos devem se inscrever através do site oficial da ASHRAE, fornecendo documentação que comprove experiência e educação.
Exame O exame BEMP consiste em questões de múltipla escolha que avaliam o conhecimento do candidato em modelagem de energia. O teste cobre tópicos como simulação de desempenho, códigos de construção, normas da indústria e análise de dados energéticos.
Aprovação Os candidatos que alcançarem a nota de corte estabelecida recebem a certificação e podem utilizar o título de Building Energy Modeling Professional.
Manutenção da Certificação
A certificação deve ser renovada a cada três anos, garantindo que os profissionais permaneçam atualizados com as últimas tendências e boas práticas do setor.
Impacto da Certificação ASHRAE BEMP no Mercado de Trabalho
Com a crescente demanda por construções sustentáveis e eficientes, a Certificação ASHRAE BEMP está se tornando um padrão de excelência na indústria. Empresas de arquitetura, engenharia e consultoria energética valorizam profissionais certificados, pois eles trazem conhecimento técnico e capacidade de agregar valor aos projetos.
Além disso, a certificação ajuda a diferenciar profissionais em um mercado competitivo. Em muitos casos, a Certificação ASHRAE BEMP pode ser o fator decisivo para garantir uma vaga ou liderar um projeto de grande impacto.
Tendências Futuras
Com o avanço das tecnologias de modelagem e o aumento das exigências regulatórias, espera-se que a Certificação ASHRAE BEMP continue a evoluir, incorporando novos métodos e padrões da indústria. Isso significa que profissionais e empregadores devem estar preparados para se adaptar e crescer junto com essas mudanças.
Conclusão
A Certificação ASHRAE BEMP é uma credencial essencial para profissionais que desejam se destacar no setor de modelagem de energia para edificações. Além de proporcionar reconhecimento e avanço na carreira, a certificação beneficia empregadores ao garantir acesso a talentos altamente qualificados e promover a conformidade regulatória.
Contratar os serviços de uma empresa que possua profissionais certificados ASHRAE BEMP é um passo estratégico, pois garante que o seu projeto será modelado e analisado por um profissional competente e com desenvolvimento contínuo, trazendo sempre as últimas tendências para o seu edifício.
Aqui no Estúdio Letti contamos com profissional certificado desde 2014 e que faz parte do comitê de elaboração dos exames.
A sustentabilidade tem se tornado um tema essencial na construção civil e na gestão de edifícios. Um dos principais padrões de certificação nesse contexto é o Certificado LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), que está em constante evolução para atender às demandas por eficiência e responsabilidade ambiental.
Entre as vertentes dessa certificação, destaca-se o LEED para Operações e Manutenção (LEED O+M), projetado para edifícios existentes que buscam otimizar suas operações e reduzir impactos ambientais.
Neste artigo, exploraremos como o Certificado LEED O+M funciona, seus benefícios e como ele contribui para transformar edifícios antigos em referências de sustentabilidade. Se você está buscando informações detalhadas sobre Certificação LEED para aplicação em seu prédio ou espaço comercial, continue lendo para descobrir tudo o que precisa saber.
O que é o LEED para Operações e Manutenção (O+M)?
O LEED O+M é uma vertente da certificação LEED voltada exclusivamente para edifícios existentes. Diferente de sistemas que avaliam projetos em fase de construção ou planejamento, o LEED O+M foca em prédios que estão plenamente ocupados e operacionais há pelo menos um ano. O objetivo é melhorar a eficiência operacional, reduzir o consumo de recursos e minimizar os impactos ambientais.
Essa certificação também é ideal para edifícios que estejam passando por pequenas reformas ou melhorias, ou mesmo aqueles que não estão em obras, mas desejam implementar práticas sustentáveis em suas rotinas operacionais.
Benefícios do Certificado LEED para Edifícios Existentes
Redução do Impacto Ambiental: Estudos mostram que demolir um edifício existente para construir um novo pode levar até 80 anos para compensar os impactos ambientais, mesmo que o novo prédio seja altamente eficiente. O LEED O+M oferece uma solução para revitalizar edifícios antigos, transformando-os em exemplos de eficiência e sustentabilidade.
Eficiência Energética e Redução de Custos: Com foco em desempenho, o LEED O+M ajuda a otimizar o consumo de energia, água e outros recursos, resultando em redução significativa nos custos operacionais. Isso é alcançado por meio de estratégias como monitoramento contínuo de desempenho e implementação de tecnologias mais eficientes.
Valorização do Imóve0l: Imóveis certificados pelo LEED tendem a ser mais atrativos para investidores, locatários e compradores, devido às credenciais de sustentabilidade e à redução de custos ao longo do tempo.
Contribuição para a Saúde e o Bem-Estar: O LEED O+M também prioriza a qualidade do ar interno, a iluminação natural e outros aspectos que promovem um ambiente saudável para os ocupantes.
Principais Características do LEED v4.1
O LEED v4.1 é a mais recente versão do sistema de certificação, que ainda está em fase BEta, introduzindo melhorias que tornam o processo mais acessível e eficaz. Confira algumas de suas inovações:
Documentação Baseada em Dados: A certificação agora prioriza o rastreamento de dados em vez de apenas documentos, monitorando desempenho em áreas como energia, água, resíduos, transporte e qualidade do ar interno.
Recertificação Simples: Projetos certificados podem se recertificar de forma mais rápida, garantindo que continuem alinhados às metas de sustentabilidade.
Pontuação Baseada no Desempenho: O desempenho em áreas-chave define os pontos obtidos e o nível de certificação alcançado.
Ampla Abrangência: Pela primeira vez, a certificação LEED se aplica especificamente a prédios e espaços interiores existentes.
Como Obter o Certificado LEED para Edifícios Existentes
Obter o Certificado LEED pode parecer um desafio inicial, mas o processo é bem estruturado e deve ser feito com uma equipe de assessoria experiente. Veja os passos principais que o Estúdio Letti faz para auxiliar seu projeto:
Escolha do Sistema de Avaliação: Identifica a categoria que melhor se adapta ao seu projeto, seja para edifícios inteiros ou apenas para interiores. O LEED O+M oferece soluções para ambos os casos.
Verificação dos Requisitos: Certifica de que seu projeto atende aos Requisitos Mínimos do Programa (MPRs) e identifica quais créditos você pode cumprir para acumular pontos. Esses pontos determinarão o nível de certificação alcançado: Certificado, Prata, Ouro ou Platina.
Montar a Equipe: Ajuda a definir os papéis e responsabilidades dentro da equipe do projeto. Nosso escritório conta com profissionais experientes em sustentabilidade e, principalmente, LEED O+M.
Registro e Certificação: Registra o projeto na plataforma LEED Online e guia nas etapas descritas no Guia de Certificação.
Casos de Sucesso: Por que o LEED O+M Vale a Pena?
Diversas empresas e organizações ao redor do mundo têm adotado o LEED O+M para revitalizar seus edifícios e reduzir impactos ambientais. Algumas delas relatam:
Redução de até 30% no consumo de energia.
Melhoria na satisfação dos ocupantes, devido às condições ambientais internas mais saudáveis.
Economia significativa em custos operacionais com a redução do uso de recursos.
Conclusão: Invista no Futuro do Seu Edifício
O Certificado LEED O+M é uma oportunidade valiosa para transformar edifícios existentes em modelos de eficiência e sustentabilidade. Além de reduzir impactos ambientais, a certificação agrega valor ao imóvel, melhora as condições de trabalho e cria uma imagem positiva para empresas e instituições.
Se você deseja saber mais sobre como obter o Certificado LEED, entre em contato com a gente e comece hoje mesmo a planejar um futuro mais verde e eficiente para seu prédio.
Quer transformar seu edifício em um exemplo de sustentabilidade? Fale com nossa equipe e descubra como o LEED pode fazer a diferença!
Seul, a vibrante capital da Coreia do Sul, enfrenta sérios desafios urbanos que ameaçam a qualidade de vida de seus residentes. A rápida urbanização, combinada com o crescimento populacional, gerou uma série de problemas críticos, como escassez de moradias, congestionamentos de trânsito e altos níveis de poluição. Um dos símbolos mais evidentes desses desafios é o rio Cheonggyecheon, que durante décadas sofreu com a degradação causada pela expansão descontrolada e por políticas urbanas voltadas para o desenvolvimento industrial.
Localizado em uma área historicamente significativa, o Cheonggyecheon teve seus primeiros sinais de deterioração ainda no século XV. O rio, que originalmente desempenhava um papel central na vida dos habitantes locais, tornou-se um canal de esgoto a céu aberto à medida que Seul se transformava de uma região rural em uma das maiores metrópoles do Leste Asiático. Ao longo do século XX, o Cheonggyecheon foi submetido a uma série de intervenções que incluíram dragagens e a construção de aterros, mas nenhuma delas foi suficiente para restaurar sua saúde ecológica.
Na década de 1970, o Cheonggyecheon havia se transformado em um curso d’água poluído e praticamente irreconhecível. Com o avanço da urbanização, o leito do rio foi coberto por uma estrada de 6 quilômetros, sobre a qual foi construída uma rodovia elevada de 5,8 quilômetros com seis pistas, destinada a acomodar o crescente tráfego de veículos. Essa rodovia se tornou um dos maiores contribuintes para a poluição do ar e do solo na área, afetando gravemente a saúde dos residentes e trabalhadores da região.
Impactos Ambientais e na Saúde Pública
A degradação do Cheonggyecheon não apenas comprometeu o ecossistema local, mas também teve um impacto devastador na saúde pública. Estudos realizados na época mostraram que os níveis de poluição do ar ao longo da Cheonggye Street eram significativamente mais altos do que os limites aceitáveis. Poluentes como óxido de nitrogênio e benzeno, um composto orgânico volátil conhecido por suas propriedades cancerígenas, estavam presentes em concentrações alarmantes. Além disso, as condições de vida na região eram agravadas pela poluição sonora, que ultrapassava os padrões aceitáveis para zonas urbanas.
Em um estudo de 2003, foi constatado que a prevalência de distúrbios respiratórios entre os moradores e trabalhadores da área ao redor do Cheonggyecheon era mais do que o dobro em comparação com outras regiões de Seul. Essa situação, combinada com a deterioração estrutural da rodovia elevada, destacada em um estudo de engenharia no ano 2000, demonstrou a necessidade urgente de uma intervenção significativa.
Objetivos da Restauração do Rio Cheonggyecheon
Diante desse cenário desafiador, o Governo Metropolitano de Seul decidiu lançar um projeto ambicioso de restauração do Cheonggyecheon, com o objetivo de revitalizar tanto o ecossistema quanto a qualidade de vida urbana. Os objetivos do projeto eram múltiplos e abrangentes, incluindo:
Restauração ecológica: Reabilitar o leito e as margens do rio para devolver ao Cheonggyecheon o seu papel como um elemento vital do ecossistema urbano.
Melhoria da qualidade da água: Implementar sistemas avançados de tratamento de esgoto para garantir que a água do rio fosse limpa e segura para o meio ambiente.
Desenvolvimento urbano sustentável: Criar espaços públicos de lazer e recreação ao longo do rio, conectando as comunidades urbanas de forma mais harmoniosa e sustentável.
Preservação do patrimônio cultural: Restaurar e conservar os bens históricos ao longo do Cheonggyecheon, como a ponte Gwangtonggyo, originalmente construída em 1410.
A Implementação da Restauração do Cheonggyecheon
Em 2003, o Cheonggyecheon passou por um processo de re-exposição, que o colocou no centro de uma ampla iniciativa de revitalização urbana.
A primeira etapa do projeto envolveu o redirecionamento do tráfego que sobrecarregava a região, diminuindo a dependência de veículos e promovendo alternativas de transporte mais sustentáveis. Para melhorar a conectividade e o acesso, foram construídas 22 pontes ao longo do rio, sendo cinco delas destinadas exclusivamente a pedestres e as outras 17 para o tráfego de veículos.
Além disso, grandes esforços foram feitos para transformar a área em torno do Cheonggyecheon em um espaço verde, acessível e voltado para a comunidade. Parques públicos e áreas de lazer foram criados ao longo do rio, oferecendo aos moradores e visitantes oportunidades para recreação e interação com a natureza. O projeto também priorizou a sustentabilidade, com a reciclagem de materiais provenientes das demolições sendo reutilizados na construção de novas infraestruturas.
A restauração do Cheonggyecheon incluiu a incorporação de elementos de design ambientalmente conscientes, como a construção de aterros para mitigar os efeitos das inundações. Um total de 13,5 metros de largura foi destinado a passarelas, estradas unidirecionais e zonas de carga e descarga ao longo do rio, promovendo um equilíbrio entre mobilidade urbana e preservação ambiental.
Em 27 meses foram restaurados 5,8 km do leito do rio, um equivalente a 400 hectares. Este projeto de restauração custou USD 281 milhões aos cofres de Seul.
Resultados e Impactos Positivos
O sucesso da restauração do Cheonggyecheon foi notável, tanto do ponto de vista ecológico quanto urbano. A revitalização do rio não só restaurou a vitalidade ecológica do Cheonggyecheon, mas também transformou Seul em um modelo global de desenvolvimento urbano sustentável. A melhoria da qualidade do ar e da água, a redução da poluição sonora e a criação de espaços públicos agradáveis contribuíram para a elevação da qualidade de vida na cidade.
Além disso, a restauração do Cheonggyecheon teve um impacto cultural significativo. A restauração da ponte Gwangtonggyo e a preservação de outros bens históricos reforçaram o valor do rio como um marco cultural e histórico de Seul. A iniciativa, que combinou inovação, sustentabilidade e respeito pelo patrimônio cultural, serve como um exemplo inspirador para outras cidades que buscam soluções para problemas urbanos complexos.
Conclusão
A restauração do rio Cheonggyecheon em Seul exemplifica como uma abordagem integrada e visionária pode transformar um desafio urbano em uma oportunidade de revitalização ecológica e social.
Também é importante perceber que quanto mais tempo demorarmos para tomar uma atitude, mais caro será o projeto de revitalização. Os quase 300 milhões de dólares investidos, representam um valor astronômico para qualquer cidade ou país, no entanto, se começarmos a nos preocupar e a investir na revitalização de nossos rios urbanos, este valor poderá, e deverá, ser menor.
O sucesso deste projeto demonstra que é possível reverter décadas de degradação ambiental através de intervenções bem planejadas e sustentáveis, resultando em melhorias significativas na qualidade de vida dos habitantes.
O Cheonggyecheon, uma vez um símbolo de poluição e desordem urbana, agora se destaca como um ícone de regeneração ambiental e um modelo a ser seguido por cidades ao redor do mundo que enfrentam desafios semelhantes.
O exemplo de Seul nos mostra que, com determinação, inovação, um compromisso com o bem-estar comum, e muito investimento é possível transformar nossos ambientes urbanos em espaços mais saudáveis e harmoniosos.
Esse artigo sobre infraestruturas verdes é uma tradução livre do artigo “Green infrastructure: A strategic investment for climate resilience”, para acessar o original, clique aqui.
No dia 8 de agosto de 2023, a cidade costeira de Lahaina, no Havaí, foi tragicamente varrida do mapa por um incêndio florestal que ceifou a vida a cerca de 100 pessoas.
Numa sequência espantosa de acontecimentos, que se desenrolaram em apenas algumas horas, o incêndio incinerou mais de 2000 edifícios e 1000 empresas, destruindo as vidas dos 13.000 residentes permanentes de Lahaina. O incêndio causou danos estimados em 5,5 bilhões de dólares e é o incêndio mais mortífero dos EUA desde 1881.
À medida que o nosso planeta aquece e os impactos das alterações climáticas se intensificam, estes incêndios florestais estão se tornando mais comuns. Entre 1984 e 2015, os Estados Unidos registaram uma duplicação do número de grandes incêndios florestais no Oeste, devido ao calor e à seca induzidos pelas alterações climáticas, segundo dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA).
No entanto, há um fator vital que é frequentemente subestimado: o papel das infraestruturas verdes na atenuação dos impactos e na criação de resiliência face aos riscos climáticos.
Embora as alterações climáticas tenham exacerbado o incêndio de Lahaina, a maior parte dos danos ocorreu devido às gramíneas não nativas, altamente inflamáveis, que crescem nas plantações de cana-de-açúcar abandonadas em redor da cidade. Estas gramíneas cobrem 25% do Havaí e aumentaram drasticamente a frequência, a propagação e a gravidade dos incêndios florestais no estado.
Os cientistas e políticos locais estavam conscientes desta questão, tendo o Governador do Havaí, Josh Green, alertado, apenas sete meses antes do incêndio de Lahaina, a necessidade urgente de um financiamento adequado para a gestão das terras.
Uma das principais questões que se coloca quando procuramos aprender com esta tragédia é: como podemos dar prioridade às infraestruturas verdes para salvar vidas, estruturas e economias de futuras devastações?
Neste artigo, aprofundamos a importância da infraestrutura verde para a resiliência climática no ambiente construído. Nos concentramos nos benefícios da infraestrutura verde para a resiliência climática, nos co-benefícios importantes, nas barreiras para conseguir financiamento e mais conhecimento e nas orientações para o setor imobiliário comercial.
O poder das infraestruturas verdes para a resiliência climática no ambiente construído
À medida que enfrentamos os desafios impostos pelas mudanças climáticas e nos preparamos para eventos climáticos mais extremos, devemos reconhecer a infraestrutura verde como um aliado indispensável.
Num artigo acadêmico de Choi et al. (2021), a infraestrutura verde é definida como “uma rede híbrida de características naturais, seminaturais e artificiais dentro, em redor e para além das áreas urbanas a todas as escalas, que é planejada e gerida para proporcionar múltiplos serviços e benefícios ecossistêmicos”.
A Comissão Europeia utiliza uma definição semelhante: “Uma rede estrategicamente planejada de áreas naturais e seminaturais com outras características ambientais, concebida e gerida para proporcionar uma vasta gama de serviços ecossistêmicos, aumentando simultaneamente a biodiversidade”. Ambas as definições vão ao cerne do conceito, tornando claro que uma combinação bem pensada de sistemas naturais e artificiais proporciona benefícios reais ao ambiente construído.
No setor imobiliário comercial, a infraestrutura verde é uma ferramenta familiar para gestão das águas pluviais e atenuação da ameaça crescente de inundações. À medida que as alterações climáticas conduzem a inundações mais frequentes e graves, a importância das árvores, da vegetação e das soluções de engenharia ambiental, como os jardins de chuva, continua a aumentar.
Nos últimos anos, o conceito de “cidades esponjas” ganhou força como movimento e prática global. A abordagem centra-se no aproveitamento das qualidades de esponja das infraestruturas verdes para combater as inundações urbanas relacionadas com o clima.
Em Nova Orleans, as estratégias verdes de gestão das águas pluviais têm sido um componente essencial para melhorar a resiliência climática. Como parte da recuperação da cidade das inundações desastrosas que se seguiram ao furacão Katrina em 2005, os residentes e as organizações comunitárias abriram caminho para a criação de infraestruturas verdes que aliviam a pressão sobre as tubulações, bombas e outras infraestruturas de esgoto envelhecidas da cidade durante as tempestades.
Um grupo de organizações comunitárias informou no início de 2023 que os seus projetos de infraestruturas verdes concluídos desde 2013 proporcionam agora quase 6 milhões de dólares americanos em benefícios de regulagem das inundações para as comunidades anualmente, aumentando quase 760.000 litros (760 m³) de capacidade de retenção de águas pluviais.
A infraestrutura verde também pode ser utilizada para descrever os benefícios e serviços que os ecossistemas naturais proporcionam à escala comunitária ou regional (por exemplo, florestas e zonas húmidas). Alguns dos ecossistemas mais poderosos para a adaptação às alterações climáticas incluem florestas, rios e planícies aluviais, lagos e zonas húmidas, dunas de areia e espaços verdes urbanos. Muitos destes ecossistemas possuem também um bom aproveitamento no sequestro de carbono (ou seja, na atenuação das alterações climáticas), sendo a tundra, os prados de algas marinhas, os manguezais e os pântanos salgados os que contêm as maiores reservas de carbono.
Consideremos os manguezais e os ecossistemas costeiros de árvores e arbustos, que não só absorvem carbono, como também atuam como um amortecedor natural entre as tempestades tropicais e as comunidades costeiras. Com uma estrutura aérea de raízes e copas, os manguezais ajudam a evitar danos causados pelas cheias e pelo vento, reduzindo a intensidade das ondas, absorvendo o excesso de água e diminuindo a velocidade do vento.
Na Flórida, estima-se que os manguezais tenham proporcionado 1,5 bilhões de dólares em proteção contra as cheias provocadas pelo furacão Irma em 2017, reduzindo os danos materiais em cerca de 25% e protegendo mais de 600.000 pessoas.
Para fazer face ao risco crescente de incêndios florestais no Havaí, será fundamental adotar uma abordagem à escala regional das infraestruturas verdes.
As orientações do Condado de Maui salientam a remoção de gramíneas invasoras e o restabelecimento de ecossistemas nativos, que apresentam naturalmente uma maior resistência ao fogo. Os investigadores estão também explorando a eficácia dos corta fogos verdes (ou faixas verdes) que se concentrariam em espécies nativas, inflamáveis e ricas em água, ajudando a evitar que os incêndios atinjam as zonas urbanas.
Em regiões propensas à seca, as infraestruturas verdes constituem uma defesa vital contra o calor extremo, a principal causa de mortes relacionadas com catástrofes naturais nos EUA.
No verão passado, Phoenix registou um recorde de 31 dias consecutivos com temperaturas iguais ou superiores a 43°C, prevendo-se que as ondas de calor se agravem.
A Presidente da Câmara, Kate Gallego, salienta o papel crucial das árvores no arrefecimento das ruas e na melhoria da facilidade de circulação. Phoenix tem planos ambiciosos para plantar 20.000 árvores em 25 bairros até 2030, com o objetivo de obter uma cobertura arbórea equitativa em toda a cidade.
Co-benefícios das infraestruturas verdes
Ao contrário da infraestrutura cinza, a natureza viva, crescente e regenerativa da infraestrutura verde abre caminho para uma ampla gama de vantagens além da resiliência climática. Numa revisão de 2021, os investigadores efetuaram uma análise exaustiva dos vários benefícios climáticos da infraestrutura verde e das suas ligações a diferentes co-benefícios.
A partir desta análise, podemos ver que os co-benefícios da infraestrutura verde abrangem os três pilares da sustentabilidade: ambiental, social e económico. Os co-benefícios ambientais, como a melhoria da resiliência dos ecossistemas, são complementados por benefícios sociais e econômicos relacionados com a qualidade do ar, a saúde e o bem-estar, a estética, a recreação e os custos de gestão dos edifícios.
O “armazenamento e sequestro de carbono” e a “redução do consumo de energia” destacam-se como co-benefícios notáveis das infraestrutura verdes, especialmente no que diz respeito às árvores e florestas. Isto representa uma oportunidade única para as empresas imobiliárias que se esforçam por cumprir os objetivos de emissões de gases de efeito estufa, uma vez que os investimentos em infraestruturas verdes podem criar sinergias entre os objetivos de atenuação do clima, adaptação ao clima e redução de custos. Além disso, alinham-se com objetivos relacionados com a conservação da biodiversidade, o bem-estar dos funcionários e o aumento do valor dos imóveis.
Obstáculos ao financiamento e ao conhecimento
À parte destas sinergias, o financiamento é limitado à escala mundial para apoiar projetos de infraestrutura verdes para a adaptação às alterações climáticas. No contexto do financiamento climático, a terminologia predominante é “soluções baseadas na natureza”, que é um conceito semelhante ao de infraestrutura verde.
Em 2018 (as estatísticas mais recentes que conseguimos localizar), cerca de 3,8 a 8,7 bilhões de dólares foram investidos em “soluções baseadas na natureza para adaptação”, o que representou apenas 0,6 a 1,4 por cento do total dos fluxos de financiamento climático nesse ano.
O financiamento privado é especialmente limitado, representando apenas 14% do investimento em soluções baseadas na natureza, em comparação com 86 por cento do financiamento público.
Uma das principais razões para este déficit de financiamento resulta da falta de conhecimentos na avaliação dos custos e benefícios das infraestrutura verdes em comparação com as alternativas de infraestrutura cinzentas. Muitas ferramentas e metodologias de avaliação centram-se nos custos iniciais de construção ao escolher entre abordagens cinzentas e verdes, ignorando assim o ciclo de vida a longo prazo de cada investimento. A infraestrutura verde tem sido bem estudada em termos do seu desempenho biogeofísico, mas a pesquisa está mais atrasada no que diz respeito à contabilização dos benefícios sociais e econômicos, especialmente para projetos de menor escala.
No entanto, novos quadros para integrar de forma mais abrangente as vantagens econômicas da infraestrutura verde nos processos de tomada de decisão estão surgindo.
Por exemplo, resultados recentes de 2021, que utilizaram a Ferramenta de Avaliação de Ativos Sustentáveis (ferramenta SAVi) desenvolvida pelo Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável, revelam que a infraestrutura verde pode ser até 50% menos dispendiosa do que a infraestrutura cinzenta, ao mesmo tempo que proporciona quase 30% mais valor a longo prazo.
Olhando para o futuro, é importante não deixar que a complexidade da valorização da natureza impeça a adoção de mais infraestruturas verdes. As lições retiradas de catástrofes como o incêndio de Lahaina sublinham o verdadeiro valor das infraestruturas verdes. Muitas vezes, essas lições só se tornam evidentes após a ocorrência de uma catástrofe, quando os danos já foram feitos.
Em retrospectiva, o argumento econômico a favor das infraestruturas ecológicas no Havaí é extremamente evidente. O climatologista da Universidade do Havaí, Camillo Mora, refere que a gestão das gramíneas invasoras, que desempenharam um papel na devastação de Lahaina, poderá ultrapassar bilhões de dólares em custos.
Este valor é quase 20 vezes superior aos 49 milhões de dólares de financiamento estatal e federal atribuídos este ano à conservação dos recursos naturais e à proteção contra incêndios no Havaí. No entanto, esta despesa é insignificante quando comparada com os 5,5 bilhões de dólares necessários apenas para a reconstrução de Lahaina, uma das muitas comunidades havaianas em risco de incêndios florestais.
Conclusões para o setor imobiliário comercial
Desde a instalação de telhados verdes até à recuperação dos ecossistemas locais, as infraestruturas verdes oferecem aos proprietários de imóveis uma gama de soluções versáteis e rentáveis para atenuar proativamente os riscos financeiros relacionados com o clima (por exemplo, danos físicos nos ativos, interrupção das operações comerciais e aumento dos prêmios de seguro).
Para proteger as propriedades e os ocupantes do agravamento dos impactos climáticos, os proprietários devem começar com uma avaliação de resiliência para avaliar a vulnerabilidade aos riscos climáticos e identificar as estratégias de infraestruturas verdes mais eficazes para a adaptação às alterações climáticas. Estas estratégias podem consistir na plantação de árvores de sombra para combater o calor extremo ou na instalação de jardins de chuva para atenuar as inundações.
Além disso, é crucial criar um argumento comercial convincente para os projetos de infraestruturas verdes. Estes projetos devem ser avaliados em termos dos seus custos de instalação a curto prazo, bem como dos co-benefícios ambientais, sociais e econômicos adicionais a longo prazo.
Para o setor imobiliário comercial, um benefício significativo da infraestrutura verde é a melhoria da saúde e do bem-estar, uma vez que a proximidade com a natureza pode aumentar a criatividade, o relaxamento e a produtividade dos ocupantes do edifício. Além disso, o impacto positivo da natureza na saúde humana e na estética pode traduzir-se em valores de propriedade e renda mais elevados. Por exemplo, o complexo de apartamentos 888 Hope da CIM em Los Angeles exala ecologia urbana com os seus parques privados – uma caraterística que se tornou um ponto de venda fundamental para a comunidade.
888 no Grand Hope Park – Los Angeles
Para ajudar no planeamento de soluções de infraestrutura verde no seu portfólio, recomendamos que entre em contato conosco através deste link para ajudarmos a aplicar os conceitos e boas práticas descritas pelas normas de sustentabilidade.
Alguns recursos que vale a pena rever incluem o U.S. EPA’s Green Infrastructure Cost Benefit Resources, o relatório de 2017 do Urban Land Institute “Harvesting the Value of Water: Stormwater, Green Infrastructure, and Real Estate”, e o relatório de 2013 do Natural Resource Defense Council “The Green Edge: How Commercial Property Investment in Green Infrastructure Creates Value”.
Nos últimos anos, testemunhamos uma evolução notável no campo de Sistemas de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado (AVAC). À medida que as preocupações ambientais e a busca por eficiência energética ganham destaque, as inovações nesse setor têm se multiplicado, prometendo não apenas conforto térmico, mas também sustentabilidade e economia.
Neste artigo, exploraremos algumas das mais importantes inovações em AVAC que estão moldando o presente e o futuro.
Sensores Inteligentes e Automação
Uma das tendências mais marcantes é a integração de sensores inteligentes nos sistemas de AVAC. Esses dispositivos são capazes de monitorar continuamente as condições ambientais, ajustando automaticamente a temperatura e a ventilação para otimizar o conforto e minimizar o consumo de energia.
Imagine um sistema que aprende com os padrões de ocupação, adaptando-se de forma inteligente às necessidades específicas de cada ambiente. Isso já é realidade nos sistemas de ar condicionados.
Refrigeração Magnética
A refrigeração magnética emerge como uma alternativa revolucionária aos métodos tradicionais. Essa tecnologia utiliza ímãs para criar mudanças na temperatura através do efeito magnetocalórico (ou magnéticocalórico – MCE), eliminando a necessidade de refrigerantes que podem aumentar o aquecimento global e danificar a camada de ozônio. Além de ser mais sustentável, a refrigeração magnética é mais eficiente, proporcionando uma refrigeração mais rápida e econômica.
Tecnologia de Resfriamento Radiante
Outra inovação notável é a tecnologia de resfriamento radiante, que utiliza painéis instalados no piso, paredes ou teto para transferir calor por radiação. Esse método oferece uma distribuição mais uniforme de temperatura, reduzindo a necessidade de grandes quantidades de ar condicionado e dutos. Além disso, o resfriamento radiante consome menos energia, resultando em benefícios econômicos e ambientais.
Sistemas Híbridos e Energias Renováveis
A combinação de sistemas de AVAC com fontes de energia renovável está transformando a maneira como pensamos sobre o consumo de energia. A integração de painéis solares, sistemas geotérmicos e outras fontes sustentáveis reduz a pegada de carbono desses sistemas, contribuindo para edifícios mais verdes e eficientes.
Conclusão
À medida que nos aproximamos de um futuro cada vez mais focado na sustentabilidade, as inovações em AVAC desempenham um papel crucial na criação de ambientes internos mais confortáveis com menor uso de energia.
Sensores inteligentes, refrigeração magnética, resfriamento radiante e a integração de energias renováveis estão moldando uma nova era para esses sistemas, proporcionando não apenas inovação tecnológica, mas também uma abordagem mais responsável em relação ao meio ambiente. Estamos no limiar de uma revolução no conforto ambiental, onde a eficiência e a sustentabilidade se tornam sinônimos do bem-estar moderno.
Hoje vamos falar sobre Comissionamento de Sistemas, uma etapa muito importante quando falamos de projetos que envolvem sistemas elétricos, de automação, controle, e HVAC (aquecimento, ventilação e ar condicionado).
Este processo detalhado visa garantir que todos os componentes do sistema funcionem em conjunto de maneira eficiente, atendendo a padrões rigorosos e requisitos específicos do cliente.
Ao abordar aspectos técnicos, o comissionamento busca otimizar o desempenho operacional, reduzir riscos e fornecer uma base sólida para a manutenção contínua.
Fases do Comissionamento
O comissionamento de sistemas é um processo abrangente que geralmente envolve várias fases para garantir que um sistema complexo seja projetado, instalado e operado conforme as especificações e requisitos estabelecidos. Embora os detalhes exatos possam variar dependendo do tipo de sistema e do tipo de edifício, as fases comuns do comissionamento incluem:
Definição dos Requisitos de Projeto do Proprietário (RPP ou OPR – Owner Project Requirements)
Nesta etapa é onde o proprietário do edifício, em conjunto com a autoridade de comissionamento e a equipe de projeto, definem todos os requisitos técnicos do projeto, estabelecendo os objetivos do proprietário e a função e operação pretendidas para o edifício. Este documento será a base para todo o processo de comissionamento nas etapas de projeto, instalação, aceite, e decisões operacionais.
Verificação do Projeto
Antes mesmo da instalação física, a equipe de comissionamento revisa minuciosamente o projeto dos sistemas comissionados. Isso inclui a análise de desenhos, especificações técnicas e documentos relacionados. A verificação do projeto é crucial para garantir que todos os elementos estejam alinhados com as necessidades operacionais e os requisitos do cliente.
Instalação Física e Integração
A implementação prática do sistema é outra etapa crítica. Durante a instalação, os componentes individuais são colocados em seus locais designados, e a equipe de comissionamento supervisiona a integração desses elementos. Isso pode envolver a conexão de física e automação dos equipamentos, a instalação de sensores, atuadores e outros dispositivos, bem como a integração de softwares necessários para o controle do sistema.
Configuração e Programação
Uma vez que os componentes estão fisicamente instalados e integrados, a configuração e programação são realizadas. Isso inclui ajustar os parâmetros de cada componente para otimizar o desempenho global do sistema. A programação pode envolver a criação de lógicas de controle, definição de sequências de operação e a garantia de que todos os dispositivos respondam de maneira coordenada aos comandos do sistema.
Testes de Desempenho
Os testes de desempenho são uma fase crucial do comissionamento. Diversos testes são conduzidos para avaliar a capacidade do sistema de atender aos requisitos operacionais. Isso pode incluir testes de carga, testes de integração, testes de redundância (se aplicável) e simulações de situações adversas. A detecção e resolução de problemas nesta fase são fundamentais para evitar falhas futuras.
Documentação Detalhada
Cada etapa do comissionamento é documentada detalhadamente. Isso inclui registros de testes, listas de verificação, alterações feitas durante o processo e manuais de operação e manutenção. A documentação fornece um recurso valioso para os operadores do sistema e facilita a identificação rápida de problemas durante a fase de operação.
Importância dos Detalhes Técnicos no Comissionamento
Integração de Sistemas
Detalhes técnicos são fundamentais para garantir uma integração perfeita entre os diferentes componentes do sistema. Isso envolve a compreensão profunda das especificações de cada dispositivo, a fim de assegurar que interfaces de comunicação e protocolos de rede sejam configurados corretamente.
Otimização do Desempenho
A configuração fina dos parâmetros do sistema é um aspecto técnico crítico. Isso inclui ajustar controladores, definir curvas de resposta e garantir que cada componente esteja operando dentro de seus limites ideais. A otimização do desempenho resulta em eficiência energética, menor desgaste de equipamentos e resposta mais rápida a mudanças nas condições operacionais.
Resolução de Problemas
Detalhes técnicos também desempenham um papel vital na resolução de problemas. Durante os testes de desempenho, a equipe de comissionamento deve ser capaz de identificar e corrigir problemas relacionados a hardware, software, comunicação e qualquer outra área técnica. Isso requer conhecimentos aprofundados sobre os princípios de operação de cada componente do sistema.
Conformidade com Normas e Regulamentações
A conformidade com normas e regulamentações técnicas é uma consideração importante no comissionamento. Os detalhes técnicos incluem garantir que o sistema atenda a todas as normas relevantes, desde normas de segurança elétrica até requisitos específicos da indústria. Isso é essencial para a segurança operacional e para evitar possíveis implicações legais.
Desafios Técnicos no Comissionamento
Complexidade dos Sistemas
Sistemas modernos são cada vez mais complexos, envolvendo uma ampla gama de dispositivos e tecnologias. Lidar com essa complexidade requer uma compreensão profunda de diversos domínios técnicos, desde eletrônica até software de controle avançado.
Integração de Tecnologias Emergentes
A introdução de tecnologias emergentes, como IoT (Internet das Coisas) e machine learning, acrescenta novas camadas de complexidade ao comissionamento. Integrar essas tecnologias de maneira eficaz exige habilidades técnicas avançadas e uma compreensão profunda de como essas inovações interagem com o sistema.
Manutenção Preditiva
A tendência em direção à manutenção preditiva adiciona desafios técnicos ao comissionamento. Isso requer a implementação de sensores e sistemas de monitoramento que forneçam dados em tempo real sobre o estado dos componentes do sistema, exigindo uma abordagem técnica avançada para interpretar e agir com base nesses dados.
Conclusão
O comissionamento de sistemas é uma disciplina técnica fundamental para garantir a eficiência operacional e a confiabilidade de sistemas complexos. Detalhes técnicos desempenham um papel crucial em todas as fases do processo, desde a verificação do projeto até os testes de desempenho e a documentação final. Lidar com a complexidade dos sistemas modernos e integrar tecnologias emergentes são desafios que requerem uma abordagem técnica avançada, por isso é importante contratar profissionais com experiência comprovada.
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Existe uma certeza científica: precisamos reduzir a emissão de carbono urgentemente. Infelizmente, o mundo tem enfrentado graves consequências da crise climática, com uma ocorrência maior de desastres naturais. Aqui no Brasil, por exemplo, está cada vez mais comum termos tragédias envolvendo fortes chuvas, ondas de calor e ciclones.
A boa notícia é que esse cenário ainda é reversível. Mas para isso acontecer, muitas mudanças precisam ser colocadas em prática. Uma delas é a construção de prédios sustentáveis de alto desempenho energético.
A importância de edifícios sustentáveis
A construção de edifícios sustentáveis desempenha um papel crucial na redução das emissões de carbono e na mitigação das mudanças climáticas.
À medida que a urbanização continua a crescer e mais pessoas se mudam para áreas urbanas, a demanda por espaços habitáveis aumenta. No entanto, essa expansão urbana também é uma das principais fontes de emissões de carbono devido à energia necessária para construir, operar e manter edifícios.
A seguir, vamos elencar algumas razões pelas quais a construção de edifícios sustentáveis é de extrema importância na luta contra o aumento das emissões de carbono.
Eficiência Energética
Edifícios sustentáveis são projetados para serem altamente eficientes em termos de consumo de energia. Eles incorporam tecnologias avançadas de envoltória, iluminação eficiente, sistemas de climatização inteligentes e fontes de energia renovável, como painéis solares e geradores eólicos.
Isso resulta em uma demanda significativamente reduzida de eletricidade e de combustíveis fósseis, contribuindo para a redução das emissões de carbono associadas à geração de energia.
A escolha de materiais de construção sustentáveis, como madeira certificada, concreto de baixo teor de carbono e tintas de baixa emissão de compostos orgânicos voláteis, reduz as emissões de carbono associadas à produção e ao transporte desses materiais.
Além disso, a reutilização e a reciclagem de materiais de construção contribuem para a redução dos resíduos e das emissões de carbono relacionadas ao descarte de resíduos de construção.
Melhoria da Qualidade do Ar Interior
Edifícios sustentáveis são projetados para oferecer uma melhor qualidade do ar interior.
Como já falamos por aqui, é um dos benefícios que mais traz retorno da Certificação LEED, por exemplo. Já que comprovadamente a qualidade do ar afeta o desempenho de tarefas diárias.
Mas isso não apenas melhora o conforto e a saúde dos ocupantes, mas também reduz a necessidade de ventilação excessiva, economizando energia associada ao tratamento de ar externo.
Transporte Sustentável
Boa parte dos edifícios sustentáveis são comerciais. Sendo assim, normalmente são construídos em áreas urbanas bem conectadas por transporte público e infraestrutura para bicicletas e pedestres.
Isso incentiva um estilo de vida mais sustentável, reduzindo a dependência de veículos movidos a combustíveis fósseis e, consequentemente, as emissões de carbono relacionadas ao transporte. Veículos com baixa emissão de carbono e elétricos têm prioridade nas vagas de estacionamento de edifícios sustentáveis.
Educação e Conscientização
A construção de edifícios sustentáveis também desempenha um papel importante na conscientização sobre as questões ambientais.
Afinal, esses projetos servem como exemplos tangíveis de como a sustentabilidade pode ser integrada ao ambiente construído. O resultado da eficiência desse tipo de construção certamente inspira outros a adotar práticas semelhantes em suas próprias construções.
Conclusão
Em resumo, a construção de edifícios sustentáveis desempenha um papel fundamental na redução das emissões de carbono, pois aborda diversos aspectos, desde a eficiência energética até a escolha de materiais sustentáveis e a promoção de estilos de vida mais sustentáveis.
Essas práticas não apenas ajudam a mitigar as mudanças climáticas, mas também resultam em edifícios mais eficientes, saudáveis e economicamente vantajosos. Portanto, investir em construções sustentáveis é uma estratégia inteligente para o presente e para as gerações futuras.
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