Efeito Ilha de Calor: tudo o que você precisa saber

Um dos nossos propósitos aqui no blog é mostrar como alguns problemas ambientais atuais, têm solução. Um dos mais comuns e que tem bastante impacto é o efeito ilha de calor. Este é um fenômeno amplamente estudado no campo da climatologia e geografia urbana. 

Resumidamente, o efeito Ilha de Calor se refere a um aumento significativo das temperaturas em áreas urbanas em comparação com as áreas rurais circundantes. Neste artigo vamos explicar tudo sobre esse efeito e indicar as melhores práticas para minimizá-lo.

O que é o Efeito Ilha de Calor?

Agora vamos ampliar este conceito.

O efeito ilha de calor é uma condição na qual as áreas urbanas se tornam consideravelmente mais quentes do que as áreas rurais circundantes. 

Superfícies escuras e não reflexivas usadas para estacionamentos, estradas, telhados, calçadas e outras áreas absorvem o calor do sol e irradiam calor, criando ilhas de calor. As áreas urbanas podem ter temperaturas de 1º à 3ºC mais quentes do que as áreas suburbanas durante o dia e até 12ºC mais quentes durante a noite. 

Um estudo sobre o aquecimento da superfície resultante da urbanização rápida no leste da China descobriu que as ilhas de calor urbanas eram responsáveis por 24% do aquecimento regional. 

Sua manifestação varia de acordo com o tamanho e a densidade populacional da cidade.

Causas do Efeito Ilha de Calor

Há diversas causas para o efeito Ilha de Calor. Alguns deles:

Substituição de áreas naturais por superfícies impermeáveis

Quando áreas verdes, como florestas e campos, são substituídas por estruturas de concreto e asfalto, a capacidade de refletância de calor do solo é reduzida, levando a temperaturas mais altas. O concreto e o asfalto retêm calor e o liberam lentamente, resultando em noites mais quentes.

Baixa vegetação

A falta de árvores e áreas verdes nas cidades reduz a sombra e a capacidade de resfriamento da vegetação, contribuindo para o aumento das temperaturas urbanas.

Densidade populacional

Quanto maior a densidade populacional de uma área urbana, maior a quantidade de calor gerado pelas atividades humanas, como tráfego e consumo de energia.

Emissões de poluentes

As áreas urbanas são centros de atividades humanas, o que resulta em emissões significativas de poluentes do ar, como dióxido de carbono, óxidos de nitrogênio e partículas finas. Esses poluentes contribuem para o aquecimento local, agravando o efeito ilha de calor.

Consequências do Efeito Ilha de Calor

Tudo que afeta o meio ambiente, acaba nos afetando. Infelizmente, na maioria das vezes são efeitos prejudiciais à vida. É importante ter consciência sobre eles, porque só esse entendimento faz com que sejam tomadas medidas para evitá-lo. 

Vejamos quais são:

Aumento do consumo de energia

As temperaturas mais altas nas cidades exigem mais energia para resfriamento, o que pode resultar em contas de energia mais caras e pressão sobre as infraestruturas elétricas.

Alterações climáticas locais

O efeito ilha de calor pode afetar o padrão de ventos e precipitação local, tornando a área urbana mais suscetível a chuvas torrenciais e enchentes.

Impacto na saúde

O aumento das temperaturas urbanas pode levar a problemas de saúde, como insolação, desidratação e agravamento de doenças cardíacas e respiratórias. 

Depleção da biodiversidade

A alta temperatura e a falta de vegetação nas cidades tornam difícil a sobrevivência de espécies vegetais e animais nativas, podendo colaborar para sua redução.

Como Mitigar o Efeito Ilha de Calor

De acordo com um estudo realizado nas áreas metropolitanas de 5 cidades norte-americanas, pelo Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, o potencial de economia de energia das medidas de redução das ilhas de calor varia de 4 milhões a 15 milhões de dólares por ano. 

Os esforços para reduzir as ilhas de calor podem ter um período de retorno razoável quando incluídos como parte de uma abordagem integrada para melhorar o desempenho dos edifícios.

Algumas estratégias incluem a instalação de painéis solares para sombreamento ou o uso de um telhado vegetado para isolar um edifício e prolongar a vida útil do telhado.

Outra maneira é colocar materiais de alta refletância (mais “brancos”) na cobertura e nas áreas externas não vegetadas do térreo. 

A unidade de medida mais eficaz da capacidade de um material de cobertura de rejeitar o calor solar é o índice de refletância solar (SRI). E para medir  a rejeição de calor solar de componentes que não são materiais de cobertura, ou “não relacionados ao telhado”, como sombreamento e pavimentação é o índice usado é a refletância solar (SR) é usada neste crédito. 

Sugerimos às equipes de projeto a adoção de uma variedade de estratégias, incluindo a redução de áreas duras e a incorporação de materiais de alto SRI ou SR, como vegetação e estacionamentos sombreados, que minimizem o impacto de um edifício para os efeitos de ilhas de calor na área urbana.

Conclusão

Fica claro que o Efeito Ilha de Calor é um problema sério que traz consequências prejudiciais à qualidade de vida e ao uso de recursos naturais. 

Suas causas estão relacionadas à urbanização e à falta de planejamento urbano sustentável. No entanto, medidas podem ser tomadas para combater esse fenômeno, melhorando a qualidade de vida das pessoas que vivem em áreas urbanas e reduzindo os impactos ambientais negativos. A conscientização e a ação coletiva desempenham um papel fundamental na luta contra o efeito ilha de calor e na criação de cidades mais sustentáveis.

A redução do efeito Ilha de Calor é um dos pontos observados pela certificação LEED, para saber mais sobre sua aplicação, entre em contato conosco. Basta clicar aqui!

Como o manejo de água de chuva pode evitar enchentes

Falamos frequentemente aqui no blog sobre a certificação LEED e como ela é eficiente do ponto de vista energético e econômico. Mas você sabia que um dos itens da certificação pode colaborar para evitar tragédias como enchentes?

Estamos falando do manejo de água da chuva.

O manejo de água de chuva é um conjunto de práticas e tecnologias utilizadas para coletar, armazenar, tratar e utilizar a água da chuva de forma sustentável. Essa abordagem é importante para conservar recursos hídricos, reduzir a sobrecarga dos sistemas de esgoto e pluvial e, em algumas situações, contribuir para a mitigação de inundações.

O desenvolvimento convencional de um terreno perturba os sistemas hidrológicos naturais e as bacias hidrográficas ao colocar superfícies impermeáveis, compactar o solo, e pela perda de vegetação e dos padrões naturais de drenagem.

O efeito cumulativo dessas mudanças é a perturbação do equilíbrio natural da água e a perda de recursos hídricos. Normalmente, a técnica de manejo de águas pluviais em um local convencional consiste em lidar com o escoamento como um subproduto a ser descartado por meio de tubulações e conduzi-lo o mais rápido possível para a rede pluvial das cidades.

No entanto, essa estratégia, embora destinada a evitar inundações no terreno, pode prejudicar as bacias hidrográficas: ela aumenta o volume, a temperatura, o fluxo e a duração do escoamento, erosiona os cursos d’água, aumenta a quantidade e os tipos de poluentes lançados nas águas superficiais e, nas situações mais extremas, contribui para as enchentes que estamos vivenciando nas últimas semanas.

Neste artigo, vamos entender como funciona a estratégia de manejo de água de chuva e como isso poderia ser aplicado em situações atuais.

Como funciona o manejo de água de chuva

manejo de água de chuva - como funciona

Esta estratégia de manejo de água de chuva aborda o gerenciamento tanto da quantidade quanto da qualidade do escoamento de águas pluviais.

Isso é feito através do uso de Infraestrutura Verde (Green Infrastructure – GI) e estratégias de Desenvolvimento de Baixo Impacto (Low-Impact Development – LID), que melhoram a abordagem convencional ao imitar a hidrologia natural de um local e gerenciar a água o mais próximo possível da fonte. A água da chuva é tratada como um recurso, em vez de um produto desperdiçado.

As abordagens e técnicas desta estratégia envolvem a minimização de áreas perturbadas no local do projeto, a limitação da quantidade de cobertura impermeável e, em seguida, a infiltração, filtragem, armazenamento e reutilização.

As abordagens também se concentram em restaurar ou projetar paisagens para funcionar hidrologicamente de forma mais semelhante à paisagem natural e não perturbada de um local específico.

O manejo de água de chuvas possui várias etapas. São elas:

 

Analisar as condições do terreno prévio ao desenvolvimento

Antes de calcular o volume de escoamento superficial do projeto, deve ser analisada a condição atual do terreno e como ele está se comportando em relação ao gerenciamento da precipitação.

– Uma redução no volume de escoamento pode ser alcançada protegendo os recursos naturais existentes que contribuem para a redução do escoamento.

– A análise do terreno pode revelar áreas existentes que, com nenhuma ou poucas alterações, poderiam contribuir para o gerenciamento do escoamento da água da chuva.

– Exemplos de áreas a serem preservadas incluem solos não compactados, áreas de proteção de margens de rios, cobertura arbórea, etc.

– Essas áreas devem ser protegidas contra perturbações durante o período de construção. 

 

Projetar o edifício e as estratégias de manejo de água de chuva

Primeiramente, sugerimos que seja feito um projeto conceitual, incluindo estratégias de gerenciamento de água da chuva, utilizando a análise do desempenho do terreno para tomar as decisões. 

Para isso, é importante se fazer as seguintes perguntas:

– Quais medidas de infraestrutura verde (GI) e desenvolvimento de baixo impacto (LID) irão imitar melhor a hidrologia natural do terreno?

– Como múltiplas medidas podem ser usadas juntas para gerenciar a água da chuva?

– Quais são as taxas de infiltração e as capacidades das medidas mais práticas e como as condições do solo do local podem afetar sua eficiência

– Quais são os tipos e taxas de infiltração das condições de solo existentes e que modificações de projeto podem ser necessárias, se houver, nas melhores práticas de gerenciamento para atender aos objetivos de desempenho?

– Quão eficazes são as medidas em remover contaminantes do escoamento de água da chuva?

– Como as medidas serão mantidas?

Infiltração

– Cuidado com solos saudáveis e não compactados: manter as faixas de proteção de margens de rios e cobertura arbórea. Essas áreas devem ser protegidas contra perturbações durante o período de construção para serem eficazes.

– O solo com boa infiltração deve ser projetado para que a água infiltre a mais de 25 mm por hora.

Coleta de Água de Chuva

– Coleta em Telhados: Uma das maneiras mais comuns de coletar água de chuva é através de calhas e tubos que direcionam a água da chuva que cai no telhado para um sistema de armazenamento.

– Superfícies Impermeáveis: Além dos telhados, a água de chuva pode ser coletada em superfícies impermeáveis, como pátios, estradas e estacionamentos, usando canaletas e drenos.

Armazenamento

– A água tratada é armazenada em tanques, cisternas ou reservatórios subterrâneos para uso futuro.

– O tamanho do sistema de armazenamento depende da demanda e da quantidade de chuva que pode ser coletada.

Filtração e Tratamento

– A água coletada frequentemente passa por um processo de filtragem para remover detritos e impurezas.

– Em alguns casos, sistemas de tratamento mais avançados são usados para remover poluentes, como óleos, sedimentos e produtos químicos.

Distribuição e Uso

– A água armazenada pode ser utilizada para várias finalidades, incluindo irrigação de jardins, descarga de vasos sanitários, lavagem de carros e, em alguns casos, até mesmo para uso doméstico após tratamento adicional.

– Sistemas de distribuição e bombeamento são usados para transportar a água até onde ela é necessária.

Gestão Integrada

O manejo de água de chuva é frequentemente parte de uma abordagem integrada de gestão de água que também inclui a conservação de água potável e o tratamento adequado das águas residuais.

Quais são os benefícios do manejo da água da chuva

Aqui estão muitos benefícios. Provavelmente o mais conhecido é a redução da demanda por água potável, economizando recursos naturais e oferecendo fonte alternativa para irrigação e uso em vasos sanitários. 

Mas além disso, o manejo da água de chuva contribui para a redução da erosão do solo e ajuda a recarregar os aquíferos subterrâneos.

Por fim, um dos grandes benefícios desse sistema é reduzir a quantidade de água que entra nos sistemas pluviais das cidades, minimizando o risco de enchentes urbanas. E é sobre isso que queremos falar a seguir.

Como o manejo de água de chuva pode ajudar a evitar enchentes

Uma coisa que precisa ficar clara, é que o manejo funciona para várias situações. A enchente é uma delas e nesse caso é feita através de várias práticas e estratégias que visam controlar o escoamento de água da chuva. 

Aqui estão algumas maneiras pelas quais o manejo de água de chuva pode contribuir para a prevenção de enchentes:

Infraestrutura de Detenção e Retenção de Água

A construção de bacias de detenção, reservatórios de retenção, tanques de armazenamento subterrâneo e áreas alagáveis ​​pode capturar e reter temporariamente a água da chuva. Isso reduz a quantidade de água que flui rapidamente para os sistemas de drenagem e cursos d’água, diminuindo o risco de enchentes.

Infiltração de Água no Solo

A água de chuva pode ser direcionada para áreas onde possa infiltrar no solo, recarregando os aquíferos subterrâneos. Isso ajuda a reduzir o escoamento superficial e evita a acumulação de água nas superfícies impermeáveis.

Telhados Verdes e Pavimentos Permeáveis

A instalação de telhados verdes (coberturas vegetais) e pavimentos permeáveis permite que a água da chuva seja absorvida e retida, em vez de escorrer diretamente para os sistemas de drenagem.

Calhas e Direcionamento Controlado

Sistemas de calhas, canais e direcionamento controlado da água da chuva podem redirecionar o fluxo para áreas específicas ou sistemas de armazenamento, evitando sobrecarregar os sistemas de esgoto pluvial.

Gestão de Áreas Verde

A manutenção de áreas verdes, como parques e jardins, ajuda a absorver a água da chuva e reduzir o escoamento superficial.

Educação e Conscientização

Promover a conscientização pública sobre o manejo adequado da água de chuva e a importância de evitar o descarte inadequado de resíduos sólidos, que podem obstruir os sistemas de drenagem, é fundamental para a prevenção de enchentes. 

Com mais conscientização, mais pessoas irão solicitar aos seus arquitetos e construtores estratégias de baixo impacto e baixo custo para evitar que a água de chuva seja descartada no sistema pluvial de sua cidade.

Planejamento Urbano Sustentável

A integração do manejo de água de chuva no planejamento urbano, incluindo regulamentações e códigos de construção que incentivam práticas sustentáveis, pode ser uma abordagem eficaz para evitar enchentes.

Caso prático: Rio Guaíba

Um exemplo atual da falta de planejamento urbano para o manejo da água de chuva em edificações, foram as inundações que ocorreram em Porto Alegre em setembro de 2023. Caso houvesse um planejamento e diretrizes no plano diretor da cidade, o impacto da impermeabilização da cidade e, consequentemente, o direcionamento quase que imediato das águas de chuva para o Guaíba poderia ter sido minimizado, evitando deixar tantas famílias desabrigadas. 

Hoje, há mais de um mês da tragédia ainda está o risco eminente de cheia, pois o rio já está no seu limite máximo e a chuva que cai na cidade de Porto Alegre é imediatamente escoada para o rio, pois não há infiltração no solo, não há manejo de água de chuva na fonte, ou seja, no terreno que foi modificado em função das construções.

Por esta razão, este texto nos parece relevante, pois leva mais conhecimento a todas as pessoas que estão com seus projetos em desenvolvimento ou em etapa de construção, e com mais conscientização vamos poder continuar criando desenvolvimento, mas com menos impacto negativo quando há eventos naturais.

 

Para saber mais sobre soluções ambientais e sustentáveis, fale conosco!

Quais são as macrotendências para 2030?

Em 2018, a FIESP publicou um estudo que indicava algumas macrotendências para o ano de 2030. 5 anos depois, podemos fazer uma avaliação sobre os pontos levantados, principalmente porque muitas delas não são tão positivas e podem ser trabalhadas.

As macrotendências para 2030

Indo direto ao ponto, as macrotendências são:

– Intensificação da demanda por alimentos

– Aumento da demanda por energia

– Expansão do entretenimento e turismo

– Mudança no padrão de produção

– Urbanização e emergência de megacidades

– Infraestrutura moderna e competitiva

– Envelhecimento da população

– Aumento das tensões geopolíticas 

Veja o estudo completo clicando aqui.

Nesse artigo, vamos focar nas macrotendências que estão diretamente ligadas ao propósito do Estúdio Letti e ao que podemos atender. 

São elas:

– Aumento da demanda por energia

– Mudança no padrão de produção

– Infraestrutura moderna e competitiva

Aumento da demanda por energia

Segundo o estudo da FIESP, a demanda por energia vai aumentar. Neste cenários, se destacam novas fontes de energia renovável como  Eólica, Fotovoltaica, Hidroelétrica

Biomassa e resíduos. 

Nos apontamentos do estudo, há a preocupação com a distribuição da energia e o armazenamento mais inteligente. É previsto que aumentem o investimento em infraestrutura energética e que os consumidores virem produtores, utilizando fontes sustentáveis.

Aqui no Estúdio Letti já estamos neste ponto. Nosso trabalho é justamente criar estruturas sustentáveis, que melhorem o desempenho energético e gerem essa economia tão necessária diante de uma demanda maior. 

O prédio que adota a certificação LEED, por exemplo, pode conseguir uma economia de energia significativa, principalmente a longo prazo. Em muitos casos, essa economia passa de 30%.

No estudo também é citado fontes como a energia solar, algo que é muito presente nos nossos projetos, já que a geração de energia colabora, e muito, com a pontuação LEED.

Aliás, o estudo também destaca que o Brasil é um dos países com mais potencial energético do mundo. O que traz um valor ainda maior para o nosso trabalho.

Mudança no padrão de produção

“Crescimento econômico demandará maior consumo energético. Produção com maior eficiência energética será necessária para maior equilíbrio ambiental”

Certamente este é o tópico mais diretamente ligado ao nosso serviço. Aqui fica evidente que no futuro a eficiência energética e práticas sustentáveis se tornarão uma necessidade que passará a ser exigência, tanto por governos como por parceiros comerciais. 

Empresas, pessoas e lugares que não se adaptarem a essa realidade, poderão enfrentar consequências pesadas. É previsto, inclusive, que uma das tendências seja a restrição comercial para quem não estiver seguindo normas que acolham o desenvolvimento e produção sustentável.

Edifícios sustentáveis possuem uma diminuição no padrão de consumo, pois existe uma estratégia educativa para os usuários e, também, na maneira como o edifício é construído e em todo o processo de destinação dos resíduos, contribuindo ainda mais para a mudança de mentalidade dos envolvidos na etapa de obra.

Infraestrutura moderna e competitiva

Esse tópico sobre infraestrutura é bem abrangente e fala sobre diversos pontos como transporte, comunicação, água e esgoto e insumos minerais. 

Um projeto sustentável se caracteriza por estar próximo de infraestrutura urbana que colabore para a redução no uso de veículos, e acaba incentivando as administrações municipais a criar redes de ciclovia, transporte público de qualidade e com frequencia alta. Do ponto de vista de quem está incorporando, os edifícios sustentáveis precisam ter vagas prioritárias para veículos eficientes, carregadores para veículos elétricos, vagas para bicicletas para funcionários e visitantes e vestiários e duchas para quem chega desta forma no edifício.

Além disso, uma grande parte destes projetos é feita com materiais que causam menos impacto no meio-ambiente e no ambiente construído.

Ou seja, além da modernização, há também uma troca interessante para que a estrutura seja mais verde. 

Conclusão

Após 5 anos, estamos vendo muitas dessas tendências caminhando para a confirmação. 

Nós aqui do Estúdio Letti fazemos parte dessa transformação, oferecendo um serviço que otimiza energia, é sustentável e ajuda o meio ambiente. 

Para saber mais sobre nossos serviços, entre em contato conosco. Basta clicar aqui.

O que é simulação de eficiência energética?

Vamos direto ao ponto: a simulação de eficiência energética é um processo indispensável para arquitetos, designers de interiores e empresas de construção, onde a eficiência energética e a sustentabilidade são fundamentais. 

Estamos vivendo um tempo onde a consciência ambiental é crucial para o presente e o futuro. E isso inclui a construção de edifícios. Como os edifícios são responsáveis por um consumo global significativo de energia, a otimização de seu projeto e de sua operação é fundamental para minimizar seu impacto no Meio Ambiente.

Esse conceito ainda está muito no campo acadêmico no Brasil, mas nosso papel aqui é simplificar esse entendimento e torná-lo acessível para todos. 

Conceito de simulação de eficiência energética

É a simulação virtual ou computadorizada de um edifício que se concentra no consumo de energia e na conta no fim do mês e nas temperaturas internas dos espaços através da análise da envoltória do edifícios e dos sistemas de ar condicionado e ventilação, iluminação e água quente, por exemplo.

Ela também é capaz de avaliar o retorno do investimento em soluções de energia verde, como painéis solares e fotovoltaicos, aparelhos de alta eficiência e um sistema de vidros de alto desempenho.

Importância da simulação de eficiência energética

Importância da simulação de eficiência energética

A simulação energética  oferece inúmeros benefícios, desde a redução do impacto ambiental até a garantia da conformidade regulatória. São eles:

Impacto ambiental

A simulação de eficiência energética é extremamente eficiente na redução da pegada de carbono de um edifício, algo crucial para o combate das mudanças climáticas. 

Ela é capaz de identificar áreas de ineficiência no projeto, e fornece dados valiosos para os proprietários poderem escolher a melhor opção e sugestões de melhorias para minimizar o gasto energético. Essas melhorias podem incluir melhor isolamento, necessidade de brises, sistemas de aquecimento e resfriamento mais eficientes ou orientação otimizada do edifício.

Economia de custos

Outro benefício significativo da modelagem energética é o potencial de redução de investimento. E aqui estamos falando em várias fases, tanto tanto durante a construção quanto ao longo do ciclo de vida do edifício. 

Ao ter ciência do que precisam para otimizar energia, arquitetos e projetistas têm nas mãos informações preciosas, que auxiliam na tomada de decisões que precisam ter sobre materiais de construção, sistemas e recursos de projeto, reduzindo, em última análise, os custos de construção.

E claro, temos que citar que o aumento da eficiência energética reduz os custos operacionais, o que agrada os proprietários de edifícios, locatários e investidores.

Os edifícios com alto desempenho energético possuem contas de energia mais baixas e despesas de manutenção reduzidas, o que os torna uma opção atraente para clientes preocupados com o meio ambiente que também valorizam a economia de custos.

Como os preços da energia continuam a subir e a demanda por edifícios sustentáveis cresce, a economia de custos obtida por meio da modelagem energética se tornará uma etapa a mais de projetos que querem entregar desempenho e não só estética no competitivo mercado imobiliário.

Conformidade com as normas

Um mundo em mudança exige novas normas e uma vigilância constante sobre essas mudanças. 

No cenário atual, as normas de eficiência energética estão se tornando mais rígidas em muitos países, à medida que os governos reconhecem a necessidade de edifícios mais sustentáveis. Essas normas se aplicam a novos projetos de construção e reformas, exigindo que arquitetos, projetistas e empresas de construção sigam padrões específicos de desempenho energético.

A simulação energética se torna uma ferramenta valiosa para garantir a conformidade com essas normas, pois permite que os profissionais simulem o desempenho energético do edifício e façam ajustes para atender aos padrões exigidos. Ao fazer isso, eles podem evitar penalidades e atrasos onerosos associados à não conformidade.

A simulação energética também é fundamental para projetos que visam obter certificações ecológicas, como LEED, BREEAM ou PBE Edifica. Essas certificações demonstram o compromisso de um edifício com a sustentabilidade e a eficiência energética, melhorando sua reputação e comercialização.

O que a simulação energética é capaz de determinar:

  • – Cargas de ar condicionado (a quantidade de energia de resfriamento/aquecimento necessária para um espaço/sistema/edifício)
  • – Requisitos de vazão de ar (a quantidade de ar necessária para resfriar/aquecer um espaço)
  • – Capacidades térmicas do equipamento (já que o equipamento pode condicionar vários espaços)
  • – Temperaturas de insuflamento
  • – Capacidades da planta de água gelada (pior caso de carga simultânea)
  • – Vantagens de determinados tipos de sistemas de ar condicionado sobre outros

Como faço para criar uma simulação de eficiência energia?

Para simular um edifício em um computador, é necessário o software apropriado. Há literalmente centenas de opções. Nós, aqui no Estúdio Letti usamos o Energy Plus, software desenvolvido pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) e o mais completo do mercado.

O que eu preciso antes de começar a  simulação de energia?

  • – Localização e geometria do edifício
  • – Materiais de envoltória (paredes, janelas, valores de U, fator solar de vidros)
  • – Cronograma de uso do edifício
  • – Valores de carga interna (iluminação, cargas de tomadas, número de ocupantes e nível de atividade).
  • – Requisitos de zoneamento
  • – Tipos de sistema (volume constante ou VAV? Serpentinas DX ou água gelada?) 

Conclusão

Não há como pensar em edifícios com alto desempenho energético sem o processo de simulação energética. Como vimos neste artigo, a simulação traz muitos benefícios direta e indiretamente na sua aplicação. 

Para saber mais sobre esse processo e como aplicar no seu projeto, entre em contato conosco!