Efeito Ilha de Calor: tudo o que você precisa saber

Um dos nossos propósitos aqui no blog é mostrar como alguns problemas ambientais atuais, têm solução. Um dos mais comuns e que tem bastante impacto é o efeito ilha de calor. Este é um fenômeno amplamente estudado no campo da climatologia e geografia urbana. 

Resumidamente, o efeito Ilha de Calor se refere a um aumento significativo das temperaturas em áreas urbanas em comparação com as áreas rurais circundantes. Neste artigo vamos explicar tudo sobre esse efeito e indicar as melhores práticas para minimizá-lo.

O que é o Efeito Ilha de Calor?

Agora vamos ampliar este conceito.

O efeito ilha de calor é uma condição na qual as áreas urbanas se tornam consideravelmente mais quentes do que as áreas rurais circundantes. 

Superfícies escuras e não reflexivas usadas para estacionamentos, estradas, telhados, calçadas e outras áreas absorvem o calor do sol e irradiam calor, criando ilhas de calor. As áreas urbanas podem ter temperaturas de 1º à 3ºC mais quentes do que as áreas suburbanas durante o dia e até 12ºC mais quentes durante a noite. 

Um estudo sobre o aquecimento da superfície resultante da urbanização rápida no leste da China descobriu que as ilhas de calor urbanas eram responsáveis por 24% do aquecimento regional. 

Sua manifestação varia de acordo com o tamanho e a densidade populacional da cidade.

Causas do Efeito Ilha de Calor

Há diversas causas para o efeito Ilha de Calor. Alguns deles:

Substituição de áreas naturais por superfícies impermeáveis

Quando áreas verdes, como florestas e campos, são substituídas por estruturas de concreto e asfalto, a capacidade de refletância de calor do solo é reduzida, levando a temperaturas mais altas. O concreto e o asfalto retêm calor e o liberam lentamente, resultando em noites mais quentes.

Baixa vegetação

A falta de árvores e áreas verdes nas cidades reduz a sombra e a capacidade de resfriamento da vegetação, contribuindo para o aumento das temperaturas urbanas.

Densidade populacional

Quanto maior a densidade populacional de uma área urbana, maior a quantidade de calor gerado pelas atividades humanas, como tráfego e consumo de energia.

Emissões de poluentes

As áreas urbanas são centros de atividades humanas, o que resulta em emissões significativas de poluentes do ar, como dióxido de carbono, óxidos de nitrogênio e partículas finas. Esses poluentes contribuem para o aquecimento local, agravando o efeito ilha de calor.

Consequências do Efeito Ilha de Calor

Tudo que afeta o meio ambiente, acaba nos afetando. Infelizmente, na maioria das vezes são efeitos prejudiciais à vida. É importante ter consciência sobre eles, porque só esse entendimento faz com que sejam tomadas medidas para evitá-lo. 

Vejamos quais são:

Aumento do consumo de energia

As temperaturas mais altas nas cidades exigem mais energia para resfriamento, o que pode resultar em contas de energia mais caras e pressão sobre as infraestruturas elétricas.

Alterações climáticas locais

O efeito ilha de calor pode afetar o padrão de ventos e precipitação local, tornando a área urbana mais suscetível a chuvas torrenciais e enchentes.

Impacto na saúde

O aumento das temperaturas urbanas pode levar a problemas de saúde, como insolação, desidratação e agravamento de doenças cardíacas e respiratórias. 

Depleção da biodiversidade

A alta temperatura e a falta de vegetação nas cidades tornam difícil a sobrevivência de espécies vegetais e animais nativas, podendo colaborar para sua redução.

Como Mitigar o Efeito Ilha de Calor

De acordo com um estudo realizado nas áreas metropolitanas de 5 cidades norte-americanas, pelo Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, o potencial de economia de energia das medidas de redução das ilhas de calor varia de 4 milhões a 15 milhões de dólares por ano. 

Os esforços para reduzir as ilhas de calor podem ter um período de retorno razoável quando incluídos como parte de uma abordagem integrada para melhorar o desempenho dos edifícios.

Algumas estratégias incluem a instalação de painéis solares para sombreamento ou o uso de um telhado vegetado para isolar um edifício e prolongar a vida útil do telhado.

Outra maneira é colocar materiais de alta refletância (mais “brancos”) na cobertura e nas áreas externas não vegetadas do térreo. 

A unidade de medida mais eficaz da capacidade de um material de cobertura de rejeitar o calor solar é o índice de refletância solar (SRI). E para medir  a rejeição de calor solar de componentes que não são materiais de cobertura, ou “não relacionados ao telhado”, como sombreamento e pavimentação é o índice usado é a refletância solar (SR) é usada neste crédito. 

Sugerimos às equipes de projeto a adoção de uma variedade de estratégias, incluindo a redução de áreas duras e a incorporação de materiais de alto SRI ou SR, como vegetação e estacionamentos sombreados, que minimizem o impacto de um edifício para os efeitos de ilhas de calor na área urbana.

Conclusão

Fica claro que o Efeito Ilha de Calor é um problema sério que traz consequências prejudiciais à qualidade de vida e ao uso de recursos naturais. 

Suas causas estão relacionadas à urbanização e à falta de planejamento urbano sustentável. No entanto, medidas podem ser tomadas para combater esse fenômeno, melhorando a qualidade de vida das pessoas que vivem em áreas urbanas e reduzindo os impactos ambientais negativos. A conscientização e a ação coletiva desempenham um papel fundamental na luta contra o efeito ilha de calor e na criação de cidades mais sustentáveis.

A redução do efeito Ilha de Calor é um dos pontos observados pela certificação LEED, para saber mais sobre sua aplicação, entre em contato conosco. Basta clicar aqui!

Como o manejo de água de chuva pode evitar enchentes

Falamos frequentemente aqui no blog sobre a certificação LEED e como ela é eficiente do ponto de vista energético e econômico. Mas você sabia que um dos itens da certificação pode colaborar para evitar tragédias como enchentes?

Estamos falando do manejo de água da chuva.

O manejo de água de chuva é um conjunto de práticas e tecnologias utilizadas para coletar, armazenar, tratar e utilizar a água da chuva de forma sustentável. Essa abordagem é importante para conservar recursos hídricos, reduzir a sobrecarga dos sistemas de esgoto e pluvial e, em algumas situações, contribuir para a mitigação de inundações.

O desenvolvimento convencional de um terreno perturba os sistemas hidrológicos naturais e as bacias hidrográficas ao colocar superfícies impermeáveis, compactar o solo, e pela perda de vegetação e dos padrões naturais de drenagem.

O efeito cumulativo dessas mudanças é a perturbação do equilíbrio natural da água e a perda de recursos hídricos. Normalmente, a técnica de manejo de águas pluviais em um local convencional consiste em lidar com o escoamento como um subproduto a ser descartado por meio de tubulações e conduzi-lo o mais rápido possível para a rede pluvial das cidades.

No entanto, essa estratégia, embora destinada a evitar inundações no terreno, pode prejudicar as bacias hidrográficas: ela aumenta o volume, a temperatura, o fluxo e a duração do escoamento, erosiona os cursos d’água, aumenta a quantidade e os tipos de poluentes lançados nas águas superficiais e, nas situações mais extremas, contribui para as enchentes que estamos vivenciando nas últimas semanas.

Neste artigo, vamos entender como funciona a estratégia de manejo de água de chuva e como isso poderia ser aplicado em situações atuais.

Como funciona o manejo de água de chuva

manejo de água de chuva - como funciona

Esta estratégia de manejo de água de chuva aborda o gerenciamento tanto da quantidade quanto da qualidade do escoamento de águas pluviais.

Isso é feito através do uso de Infraestrutura Verde (Green Infrastructure – GI) e estratégias de Desenvolvimento de Baixo Impacto (Low-Impact Development – LID), que melhoram a abordagem convencional ao imitar a hidrologia natural de um local e gerenciar a água o mais próximo possível da fonte. A água da chuva é tratada como um recurso, em vez de um produto desperdiçado.

As abordagens e técnicas desta estratégia envolvem a minimização de áreas perturbadas no local do projeto, a limitação da quantidade de cobertura impermeável e, em seguida, a infiltração, filtragem, armazenamento e reutilização.

As abordagens também se concentram em restaurar ou projetar paisagens para funcionar hidrologicamente de forma mais semelhante à paisagem natural e não perturbada de um local específico.

O manejo de água de chuvas possui várias etapas. São elas:

 

Analisar as condições do terreno prévio ao desenvolvimento

Antes de calcular o volume de escoamento superficial do projeto, deve ser analisada a condição atual do terreno e como ele está se comportando em relação ao gerenciamento da precipitação.

– Uma redução no volume de escoamento pode ser alcançada protegendo os recursos naturais existentes que contribuem para a redução do escoamento.

– A análise do terreno pode revelar áreas existentes que, com nenhuma ou poucas alterações, poderiam contribuir para o gerenciamento do escoamento da água da chuva.

– Exemplos de áreas a serem preservadas incluem solos não compactados, áreas de proteção de margens de rios, cobertura arbórea, etc.

– Essas áreas devem ser protegidas contra perturbações durante o período de construção. 

 

Projetar o edifício e as estratégias de manejo de água de chuva

Primeiramente, sugerimos que seja feito um projeto conceitual, incluindo estratégias de gerenciamento de água da chuva, utilizando a análise do desempenho do terreno para tomar as decisões. 

Para isso, é importante se fazer as seguintes perguntas:

– Quais medidas de infraestrutura verde (GI) e desenvolvimento de baixo impacto (LID) irão imitar melhor a hidrologia natural do terreno?

– Como múltiplas medidas podem ser usadas juntas para gerenciar a água da chuva?

– Quais são as taxas de infiltração e as capacidades das medidas mais práticas e como as condições do solo do local podem afetar sua eficiência

– Quais são os tipos e taxas de infiltração das condições de solo existentes e que modificações de projeto podem ser necessárias, se houver, nas melhores práticas de gerenciamento para atender aos objetivos de desempenho?

– Quão eficazes são as medidas em remover contaminantes do escoamento de água da chuva?

– Como as medidas serão mantidas?

Infiltração

– Cuidado com solos saudáveis e não compactados: manter as faixas de proteção de margens de rios e cobertura arbórea. Essas áreas devem ser protegidas contra perturbações durante o período de construção para serem eficazes.

– O solo com boa infiltração deve ser projetado para que a água infiltre a mais de 25 mm por hora.

Coleta de Água de Chuva

– Coleta em Telhados: Uma das maneiras mais comuns de coletar água de chuva é através de calhas e tubos que direcionam a água da chuva que cai no telhado para um sistema de armazenamento.

– Superfícies Impermeáveis: Além dos telhados, a água de chuva pode ser coletada em superfícies impermeáveis, como pátios, estradas e estacionamentos, usando canaletas e drenos.

Armazenamento

– A água tratada é armazenada em tanques, cisternas ou reservatórios subterrâneos para uso futuro.

– O tamanho do sistema de armazenamento depende da demanda e da quantidade de chuva que pode ser coletada.

Filtração e Tratamento

– A água coletada frequentemente passa por um processo de filtragem para remover detritos e impurezas.

– Em alguns casos, sistemas de tratamento mais avançados são usados para remover poluentes, como óleos, sedimentos e produtos químicos.

Distribuição e Uso

– A água armazenada pode ser utilizada para várias finalidades, incluindo irrigação de jardins, descarga de vasos sanitários, lavagem de carros e, em alguns casos, até mesmo para uso doméstico após tratamento adicional.

– Sistemas de distribuição e bombeamento são usados para transportar a água até onde ela é necessária.

Gestão Integrada

O manejo de água de chuva é frequentemente parte de uma abordagem integrada de gestão de água que também inclui a conservação de água potável e o tratamento adequado das águas residuais.

Quais são os benefícios do manejo da água da chuva

Aqui estão muitos benefícios. Provavelmente o mais conhecido é a redução da demanda por água potável, economizando recursos naturais e oferecendo fonte alternativa para irrigação e uso em vasos sanitários. 

Mas além disso, o manejo da água de chuva contribui para a redução da erosão do solo e ajuda a recarregar os aquíferos subterrâneos.

Por fim, um dos grandes benefícios desse sistema é reduzir a quantidade de água que entra nos sistemas pluviais das cidades, minimizando o risco de enchentes urbanas. E é sobre isso que queremos falar a seguir.

Como o manejo de água de chuva pode ajudar a evitar enchentes

Uma coisa que precisa ficar clara, é que o manejo funciona para várias situações. A enchente é uma delas e nesse caso é feita através de várias práticas e estratégias que visam controlar o escoamento de água da chuva. 

Aqui estão algumas maneiras pelas quais o manejo de água de chuva pode contribuir para a prevenção de enchentes:

Infraestrutura de Detenção e Retenção de Água

A construção de bacias de detenção, reservatórios de retenção, tanques de armazenamento subterrâneo e áreas alagáveis ​​pode capturar e reter temporariamente a água da chuva. Isso reduz a quantidade de água que flui rapidamente para os sistemas de drenagem e cursos d’água, diminuindo o risco de enchentes.

Infiltração de Água no Solo

A água de chuva pode ser direcionada para áreas onde possa infiltrar no solo, recarregando os aquíferos subterrâneos. Isso ajuda a reduzir o escoamento superficial e evita a acumulação de água nas superfícies impermeáveis.

Telhados Verdes e Pavimentos Permeáveis

A instalação de telhados verdes (coberturas vegetais) e pavimentos permeáveis permite que a água da chuva seja absorvida e retida, em vez de escorrer diretamente para os sistemas de drenagem.

Calhas e Direcionamento Controlado

Sistemas de calhas, canais e direcionamento controlado da água da chuva podem redirecionar o fluxo para áreas específicas ou sistemas de armazenamento, evitando sobrecarregar os sistemas de esgoto pluvial.

Gestão de Áreas Verde

A manutenção de áreas verdes, como parques e jardins, ajuda a absorver a água da chuva e reduzir o escoamento superficial.

Educação e Conscientização

Promover a conscientização pública sobre o manejo adequado da água de chuva e a importância de evitar o descarte inadequado de resíduos sólidos, que podem obstruir os sistemas de drenagem, é fundamental para a prevenção de enchentes. 

Com mais conscientização, mais pessoas irão solicitar aos seus arquitetos e construtores estratégias de baixo impacto e baixo custo para evitar que a água de chuva seja descartada no sistema pluvial de sua cidade.

Planejamento Urbano Sustentável

A integração do manejo de água de chuva no planejamento urbano, incluindo regulamentações e códigos de construção que incentivam práticas sustentáveis, pode ser uma abordagem eficaz para evitar enchentes.

Caso prático: Rio Guaíba

Um exemplo atual da falta de planejamento urbano para o manejo da água de chuva em edificações, foram as inundações que ocorreram em Porto Alegre em setembro de 2023. Caso houvesse um planejamento e diretrizes no plano diretor da cidade, o impacto da impermeabilização da cidade e, consequentemente, o direcionamento quase que imediato das águas de chuva para o Guaíba poderia ter sido minimizado, evitando deixar tantas famílias desabrigadas. 

Hoje, há mais de um mês da tragédia ainda está o risco eminente de cheia, pois o rio já está no seu limite máximo e a chuva que cai na cidade de Porto Alegre é imediatamente escoada para o rio, pois não há infiltração no solo, não há manejo de água de chuva na fonte, ou seja, no terreno que foi modificado em função das construções.

Por esta razão, este texto nos parece relevante, pois leva mais conhecimento a todas as pessoas que estão com seus projetos em desenvolvimento ou em etapa de construção, e com mais conscientização vamos poder continuar criando desenvolvimento, mas com menos impacto negativo quando há eventos naturais.

 

Para saber mais sobre soluções ambientais e sustentáveis, fale conosco!

Quais são as macrotendências para 2030?

Em 2018, a FIESP publicou um estudo que indicava algumas macrotendências para o ano de 2030. 5 anos depois, podemos fazer uma avaliação sobre os pontos levantados, principalmente porque muitas delas não são tão positivas e podem ser trabalhadas.

As macrotendências para 2030

Indo direto ao ponto, as macrotendências são:

– Intensificação da demanda por alimentos

– Aumento da demanda por energia

– Expansão do entretenimento e turismo

– Mudança no padrão de produção

– Urbanização e emergência de megacidades

– Infraestrutura moderna e competitiva

– Envelhecimento da população

– Aumento das tensões geopolíticas 

Veja o estudo completo clicando aqui.

Nesse artigo, vamos focar nas macrotendências que estão diretamente ligadas ao propósito do Estúdio Letti e ao que podemos atender. 

São elas:

– Aumento da demanda por energia

– Mudança no padrão de produção

– Infraestrutura moderna e competitiva

Aumento da demanda por energia

Segundo o estudo da FIESP, a demanda por energia vai aumentar. Neste cenários, se destacam novas fontes de energia renovável como  Eólica, Fotovoltaica, Hidroelétrica

Biomassa e resíduos. 

Nos apontamentos do estudo, há a preocupação com a distribuição da energia e o armazenamento mais inteligente. É previsto que aumentem o investimento em infraestrutura energética e que os consumidores virem produtores, utilizando fontes sustentáveis.

Aqui no Estúdio Letti já estamos neste ponto. Nosso trabalho é justamente criar estruturas sustentáveis, que melhorem o desempenho energético e gerem essa economia tão necessária diante de uma demanda maior. 

O prédio que adota a certificação LEED, por exemplo, pode conseguir uma economia de energia significativa, principalmente a longo prazo. Em muitos casos, essa economia passa de 30%.

No estudo também é citado fontes como a energia solar, algo que é muito presente nos nossos projetos, já que a geração de energia colabora, e muito, com a pontuação LEED.

Aliás, o estudo também destaca que o Brasil é um dos países com mais potencial energético do mundo. O que traz um valor ainda maior para o nosso trabalho.

Mudança no padrão de produção

“Crescimento econômico demandará maior consumo energético. Produção com maior eficiência energética será necessária para maior equilíbrio ambiental”

Certamente este é o tópico mais diretamente ligado ao nosso serviço. Aqui fica evidente que no futuro a eficiência energética e práticas sustentáveis se tornarão uma necessidade que passará a ser exigência, tanto por governos como por parceiros comerciais. 

Empresas, pessoas e lugares que não se adaptarem a essa realidade, poderão enfrentar consequências pesadas. É previsto, inclusive, que uma das tendências seja a restrição comercial para quem não estiver seguindo normas que acolham o desenvolvimento e produção sustentável.

Edifícios sustentáveis possuem uma diminuição no padrão de consumo, pois existe uma estratégia educativa para os usuários e, também, na maneira como o edifício é construído e em todo o processo de destinação dos resíduos, contribuindo ainda mais para a mudança de mentalidade dos envolvidos na etapa de obra.

Infraestrutura moderna e competitiva

Esse tópico sobre infraestrutura é bem abrangente e fala sobre diversos pontos como transporte, comunicação, água e esgoto e insumos minerais. 

Um projeto sustentável se caracteriza por estar próximo de infraestrutura urbana que colabore para a redução no uso de veículos, e acaba incentivando as administrações municipais a criar redes de ciclovia, transporte público de qualidade e com frequencia alta. Do ponto de vista de quem está incorporando, os edifícios sustentáveis precisam ter vagas prioritárias para veículos eficientes, carregadores para veículos elétricos, vagas para bicicletas para funcionários e visitantes e vestiários e duchas para quem chega desta forma no edifício.

Além disso, uma grande parte destes projetos é feita com materiais que causam menos impacto no meio-ambiente e no ambiente construído.

Ou seja, além da modernização, há também uma troca interessante para que a estrutura seja mais verde. 

Conclusão

Após 5 anos, estamos vendo muitas dessas tendências caminhando para a confirmação. 

Nós aqui do Estúdio Letti fazemos parte dessa transformação, oferecendo um serviço que otimiza energia, é sustentável e ajuda o meio ambiente. 

Para saber mais sobre nossos serviços, entre em contato conosco. Basta clicar aqui.

Redução de emissão de carbono e edifícios sustentáveis

Existe uma certeza científica: precisamos reduzir a emissão de carbono urgentemente. Infelizmente, o mundo tem enfrentado graves consequências da crise climática, com uma ocorrência maior de desastres naturais. Aqui no Brasil, por exemplo, está cada vez mais comum termos tragédias envolvendo fortes chuvas, ondas de calor e ciclones. 

A boa notícia é que esse cenário ainda é reversível. Mas para isso acontecer, muitas mudanças precisam ser colocadas em prática. Uma delas é a construção de prédios sustentáveis de alto desempenho energético.

 

A importância de edifícios sustentáveis

A construção de edifícios sustentáveis desempenha um papel crucial na redução das emissões de carbono e na mitigação das mudanças climáticas. 

À medida que a urbanização continua a crescer e mais pessoas se mudam para áreas urbanas, a demanda por espaços habitáveis aumenta. No entanto, essa expansão urbana também é uma das principais fontes de emissões de carbono devido à energia necessária para construir, operar e manter edifícios.

A seguir, vamos elencar algumas razões pelas quais a construção de edifícios sustentáveis é de extrema importância na luta contra o aumento das emissões de carbono.

Eficiência Energética

Edifícios sustentáveis são projetados para serem altamente eficientes em termos de consumo de energia. Eles incorporam tecnologias avançadas de envoltória, iluminação eficiente, sistemas de climatização inteligentes e fontes de energia renovável, como painéis solares e geradores eólicos. 

Isso resulta em uma demanda significativamente reduzida de eletricidade e de combustíveis fósseis, contribuindo para a redução das emissões de carbono associadas à geração de energia.

Inclusive falamos sobre isso em detalhes no texto que fizemos sobre Simulação de Eficiência Energética – https://estudioletti.com/blog/o-que-e-simulacao-de-eficiencia-energetica/ 

Materiais Sustentáveis

A escolha de materiais de construção sustentáveis, como madeira certificada, concreto de baixo teor de carbono e tintas de baixa emissão de compostos orgânicos voláteis, reduz as emissões de carbono associadas à produção e ao transporte desses materiais. 

Além disso, a reutilização e a reciclagem de materiais de construção contribuem para a redução dos resíduos e das emissões de carbono relacionadas ao descarte de resíduos de construção.

Melhoria da Qualidade do Ar Interior

Edifícios sustentáveis são projetados para oferecer uma melhor qualidade do ar interior. 

Como já falamos por aqui, é um dos benefícios que mais traz retorno da Certificação LEED, por exemplo. Já que comprovadamente a qualidade do ar afeta o desempenho de tarefas diárias.

Mas isso não apenas melhora o conforto e a saúde dos ocupantes, mas também reduz a necessidade de ventilação excessiva, economizando energia associada ao tratamento de ar externo.

Transporte Sustentável

Boa parte dos edifícios sustentáveis são comerciais. Sendo assim, normalmente são construídos em áreas urbanas bem conectadas por transporte público e infraestrutura para bicicletas e pedestres. 

Isso incentiva um estilo de vida mais sustentável, reduzindo a dependência de veículos movidos a combustíveis fósseis e, consequentemente, as emissões de carbono relacionadas ao transporte. Veículos com baixa emissão de carbono e elétricos têm prioridade nas vagas de estacionamento de edifícios sustentáveis.

Educação e Conscientização 

A construção de edifícios sustentáveis também desempenha um papel importante na conscientização sobre as questões ambientais.

Afinal, esses projetos servem como exemplos tangíveis de como a sustentabilidade pode ser integrada ao ambiente construído. O resultado da eficiência desse tipo de construção certamente inspira outros a adotar práticas semelhantes em suas próprias construções.

Conclusão

Em resumo, a construção de edifícios sustentáveis desempenha um papel fundamental na redução das emissões de carbono, pois aborda diversos aspectos, desde a eficiência energética até a escolha de materiais sustentáveis e a promoção de estilos de vida mais sustentáveis. 

Essas práticas não apenas ajudam a mitigar as mudanças climáticas, mas também resultam em edifícios mais eficientes, saudáveis e economicamente vantajosos. Portanto, investir em construções sustentáveis é uma estratégia inteligente para o presente e para as gerações futuras.

Converse conosco para saber mais como iniciar esse projeto! Para falar conosco, clique aqui.

 

O que é simulação de eficiência energética?

Vamos direto ao ponto: a simulação de eficiência energética é um processo indispensável para arquitetos, designers de interiores e empresas de construção, onde a eficiência energética e a sustentabilidade são fundamentais. 

Estamos vivendo um tempo onde a consciência ambiental é crucial para o presente e o futuro. E isso inclui a construção de edifícios. Como os edifícios são responsáveis por um consumo global significativo de energia, a otimização de seu projeto e de sua operação é fundamental para minimizar seu impacto no Meio Ambiente.

Esse conceito ainda está muito no campo acadêmico no Brasil, mas nosso papel aqui é simplificar esse entendimento e torná-lo acessível para todos. 

Conceito de simulação de eficiência energética

É a simulação virtual ou computadorizada de um edifício que se concentra no consumo de energia e na conta no fim do mês e nas temperaturas internas dos espaços através da análise da envoltória do edifícios e dos sistemas de ar condicionado e ventilação, iluminação e água quente, por exemplo.

Ela também é capaz de avaliar o retorno do investimento em soluções de energia verde, como painéis solares e fotovoltaicos, aparelhos de alta eficiência e um sistema de vidros de alto desempenho.

Importância da simulação de eficiência energética

Importância da simulação de eficiência energética

A simulação energética  oferece inúmeros benefícios, desde a redução do impacto ambiental até a garantia da conformidade regulatória. São eles:

Impacto ambiental

A simulação de eficiência energética é extremamente eficiente na redução da pegada de carbono de um edifício, algo crucial para o combate das mudanças climáticas. 

Ela é capaz de identificar áreas de ineficiência no projeto, e fornece dados valiosos para os proprietários poderem escolher a melhor opção e sugestões de melhorias para minimizar o gasto energético. Essas melhorias podem incluir melhor isolamento, necessidade de brises, sistemas de aquecimento e resfriamento mais eficientes ou orientação otimizada do edifício.

Economia de custos

Outro benefício significativo da modelagem energética é o potencial de redução de investimento. E aqui estamos falando em várias fases, tanto tanto durante a construção quanto ao longo do ciclo de vida do edifício. 

Ao ter ciência do que precisam para otimizar energia, arquitetos e projetistas têm nas mãos informações preciosas, que auxiliam na tomada de decisões que precisam ter sobre materiais de construção, sistemas e recursos de projeto, reduzindo, em última análise, os custos de construção.

E claro, temos que citar que o aumento da eficiência energética reduz os custos operacionais, o que agrada os proprietários de edifícios, locatários e investidores.

Os edifícios com alto desempenho energético possuem contas de energia mais baixas e despesas de manutenção reduzidas, o que os torna uma opção atraente para clientes preocupados com o meio ambiente que também valorizam a economia de custos.

Como os preços da energia continuam a subir e a demanda por edifícios sustentáveis cresce, a economia de custos obtida por meio da modelagem energética se tornará uma etapa a mais de projetos que querem entregar desempenho e não só estética no competitivo mercado imobiliário.

Conformidade com as normas

Um mundo em mudança exige novas normas e uma vigilância constante sobre essas mudanças. 

No cenário atual, as normas de eficiência energética estão se tornando mais rígidas em muitos países, à medida que os governos reconhecem a necessidade de edifícios mais sustentáveis. Essas normas se aplicam a novos projetos de construção e reformas, exigindo que arquitetos, projetistas e empresas de construção sigam padrões específicos de desempenho energético.

A simulação energética se torna uma ferramenta valiosa para garantir a conformidade com essas normas, pois permite que os profissionais simulem o desempenho energético do edifício e façam ajustes para atender aos padrões exigidos. Ao fazer isso, eles podem evitar penalidades e atrasos onerosos associados à não conformidade.

A simulação energética também é fundamental para projetos que visam obter certificações ecológicas, como LEED, BREEAM ou PBE Edifica. Essas certificações demonstram o compromisso de um edifício com a sustentabilidade e a eficiência energética, melhorando sua reputação e comercialização.

O que a simulação energética é capaz de determinar:

  • – Cargas de ar condicionado (a quantidade de energia de resfriamento/aquecimento necessária para um espaço/sistema/edifício)
  • – Requisitos de vazão de ar (a quantidade de ar necessária para resfriar/aquecer um espaço)
  • – Capacidades térmicas do equipamento (já que o equipamento pode condicionar vários espaços)
  • – Temperaturas de insuflamento
  • – Capacidades da planta de água gelada (pior caso de carga simultânea)
  • – Vantagens de determinados tipos de sistemas de ar condicionado sobre outros

Como faço para criar uma simulação de eficiência energia?

Para simular um edifício em um computador, é necessário o software apropriado. Há literalmente centenas de opções. Nós, aqui no Estúdio Letti usamos o Energy Plus, software desenvolvido pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) e o mais completo do mercado.

O que eu preciso antes de começar a  simulação de energia?

  • – Localização e geometria do edifício
  • – Materiais de envoltória (paredes, janelas, valores de U, fator solar de vidros)
  • – Cronograma de uso do edifício
  • – Valores de carga interna (iluminação, cargas de tomadas, número de ocupantes e nível de atividade).
  • – Requisitos de zoneamento
  • – Tipos de sistema (volume constante ou VAV? Serpentinas DX ou água gelada?) 

Conclusão

Não há como pensar em edifícios com alto desempenho energético sem o processo de simulação energética. Como vimos neste artigo, a simulação traz muitos benefícios direta e indiretamente na sua aplicação. 

Para saber mais sobre esse processo e como aplicar no seu projeto, entre em contato conosco!

Como calcular o ROI na certificação LEED?

Uma pergunta comum entre os proprietários que consideram a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) para seus edifícios é: qual o ROI sobre esse investimento?

A resposta não é simples, mas começa com a medição de custos. 

Os proprietários devem ter certeza de que seu consultor LEED é capaz de realizar o diagnóstico de seus edifícios e estimar o custo de obtenção de vários níveis do LEED. Isso inclui a implementação de melhorias e o custo do próprio processo de certificação.

Já estimar o ganho financeiro é um pouco mais complexo. A certificação LEED não possui um “ROI” tradicional como uma métrica financeira típica. 

Em vez disso, o retorno do investimento (ROI) na certificação LEED é frequentemente visto como o valor agregado que um projeto ou edifício pode obter em termos de sustentabilidade ambiental, eficiência energética, saúde e bem-estar dos ocupantes e reputação da empresa

Sejamos claros: o ROI não pode ser apenas social e ambiental. Ele também precisa ser financeiro. E é sobre isso que falaremos no artigo de hoje.

O custo do LEED

Os estudos mais citados sobre o custo extra do LEED foram realizados pela empresa internacional de construção, Davis Langdon, que comparou projeto de interiores e reformas em edifícios que possuem e que não possuem a certificação LEED. No geral, os projetos com certificação LEED tiveram um custo extra de construção de 1,84%. 

O Design-Build Institute of America constatou que o processo integrado de projeto é mais bem-sucedido, em geral, do que o método tradicional, projeto-licitação-construção, para obter os melhores níveis de certificação LEED.

Na experiência da Jones Lang LaSalle, como gerentes de projeto e construção, também observaram que um processo colaborativo que resulta em um edifício mais verde também entrega um edifício com melhor desempenho geral, a um custo menor e em menos tempo do que o desenvolvimento tradicional.

No caso de novos edifícios, uma abordagem colaborativa para o desenvolvimento ecológico pode atingir a conformidade com o LEED e, ao mesmo tempo, custar menos do que um edifício semelhante sem LEED que utilize um método menos eficiente. Os retrofits oferecem menos oportunidades de usar o design passivo e a construção colaborativa, mas essas abordagens ainda podem reduzir o custo incremental do LEED.

ROI da certificação LEED. Custos

Benefícios financeiros do LEED

Não existe uma maneira única de estimar o valor que a certificação LEED trará para um edifício. Por isso, precisamos fazer algumas considerações.

A primeira delas é se o edifício é ocupado pelo proprietário, como uma sede corporativa, ou se é alugado para vários inquilinos.

Para um ocupante corporativo de grande porte, o retorno a curto e longo prazo proveniente apenas da redução dos custos operacionais geralmente excede qualquer sobretaxa de construção para atender aos padrões LEED. 

Segundo um estudo do GreenBiz Group’s, publicado em 2011, Green Building Market and Impact Report, a economia média de energia para edifícios LEED construídos em 2009 pode ser superior a 32%. A análise do mesmo grupo de edifícios também constatou que o uso de água foi reduzido em 30%. 

Quando falamos do outro caso, de o edifício ser alugado para muitos inquilinos, a conta é um pouco diferente. 

As oportunidades de redução de energia são igualmente grandes, mas a economia de custos nem sempre se traduz em um simples retorno para os proprietários investidores. 

Isso se deve principalmente ao fato de que os aluguéis de escritórios geralmente repassam os custos operacionais aos locatários em uma base pro rata, de modo que um proprietário que investe em projetos de capital para melhorar a eficiência energética geralmente não consegue recuperar o custo por meio da economia de energia. 

Nesse caso, a oportunidade de recuperar o investimento não está no retorno direto e sim em promover a eficiência energética e o selo ambiental como atributos para atrair inquilinos com uma política de ESG forte, podendo cobrar aluguéis mais caros, já que uma grande porcentagem de locatários procura edifícios com certificação LEED ao considerar a realocação ou renovação. Um estudo constatou que os edifícios LEED normalmente atraem aluguéis 15% a 18% mais caros do que os edifícios comparáveis.

Em uma pesquisa realizada em 2010 pela CoreNet Global e pela Jones Lang LaSalle, 23% dos tomadores de decisão do setor imobiliário corporativo afirmaram que a sustentabilidade era um “fator importante” nas decisões de locação, e outros 18% a consideraram um “fator de desempate” entre edifícios de igual preço e qualidade. Apenas 8% disseram que a sustentabilidade não era um fator em suas decisões de localização.

Pesquisas mostram que os edifícios verdes valem mais do que edifícios de mesmo padrão, mas sem selo de sustentabilidade. Um estudo relatou um acréscimo médio de 11% na venda de edifícios de escritórios com certificação LEED, e outro

O resultado é claro: O aumento no valor do edifício excede o custo nominal da certificação LEED.

Voltando ao caso dos edifícios ocupados pelos proprietários, percebemos que outros critérios são considerados como “retorno”. Um deles é medir a produtividade e o envolvimento dos funcionários decorrentes das estratégias de sustentabilidade.

Os espaços de trabalho projetados para atender ao LEED são mais confortáveis em termos de temperatura, qualidade do ar e conforto lumínico. É comprovado que funcionários em espaços com esses benefícios são mais produtivos e tendem a permanecer mais na empresa. 

Usando uma fórmula baseada em dados de pesquisa que medem os efeitos antes e depois das melhorias sustentáveis no comportamento dos funcionários, os profissionais do setor imobiliário podem medir o custo do LEED em relação aos benefícios no capital humano

Os números abaixo corroboram isso:

  • Doenças relacionadas a edifícios de escritórios causam uma perda de produtividade de US$60 bilhões todos os anos.
  • O aumento dos níveis de luz natural aumentou a produtividade geral em 13% e melhorou a função mental e a recuperação da memória de 10 a 25%.
  • Os locais de trabalho com boa qualidade do ar e ventilação apresentaram aumentos de produtividade de 1 a 9% e ganhos de 3 a 11% relacionados ao controle de temperatura.

Uma dessas análises mostrou que o espaço sustentável agregou um valor equivalente a R$ 15,00 por metro quadrado (US$ 32,50 por pé quadrado) por meio de um ganho estimado de 5% na produtividade dos funcionários em um ambiente mais confortável, bem como R$ 7,50 por metro quadrado (US$ 16,50 por pé quadrado) em despesas reduzidas associadas à menor rotatividade de pessoal e absenteísmo devido a um local de trabalho mais saudável e agradável.

O benefício combinado de R$22,50 por metro quadrado (US$49 por pé quadrado) quase compensou o custo de ocupação de R$27,20 por metro quadrado (US$60 por pé quadrado).

Conclusão

Como visto ao longo do texto, ainda é muito difícil ter um cálculo exato do ROI para a Certificação LEED, pois há muitas variáveis e ainda poucas ferramentas para quantificar esses retornos.

Porém, trouxemos diversos estudos que comprovam que executivos de todos os níveis reconhecem cada vez mais que há grandes benefícios organizacionais a serem obtidos com as práticas em conformidade com o LEED. E que o retorno efetivamente acontece.

Como as ferramentas para quantificar esses benefícios continuam melhorando, os profissionais do setor imobiliário e de instalações complementares estão tendo mais facilidade para justificar a despesa mínima da certificação LEED.

Independentemente de a medição ser feita em termos de retorno direto de energia, aumento do fluxo de caixa das propriedades ou melhoria do ambiente para a produtividade dos funcionários, o ROI do LEED é indiscutível.

Quer fazer um diagnóstico LEED do seu edifício? Entre em contato conosco no link ou através do e-mail [email protected]

Certificação LEED – O caso de sucesso do Grupo Dass

Recentemente explicamos aqui no blog os benefícios da Certificação LEED. Agora vamos mostrar isso na prática, através de casos de sucesso do trabalho realizado por nós.

O projeto de hoje, foi um trabalho feito para o edifício-sede do Grupo Dass, localizado em Saudades, no oeste de Santa Catarina. 

Este foi o segundo edifício da Dass que colaboramos na certificação LEED. O primeiro foi o edifício de escritórios da Dass Argentina, que reutilizou um antigo estábulo na linda cidade de San Isidro, na província de Buenos Aires. 

O Grupo Dass

O Grupo Dass é um dos maiores grupos industriais da América Latina, destaque no segmento de marcas esportivas. Com mais de 40 anos de existência, o grupo tem operação no Brasil e Argentina.

Atualmente, é representante de marcas gigantes como Fila, Umbro, New Balance e Osklen

A origem da empresa foi na cidade de Saudades, onde até hoje permanece a sua sede principal, que foi certificada LEED com a coordenação do Estúdio Letti. 

Sede Grupo Dass - Certificação Leed 2Grupo Dass - certificação LEED

Sede Grupo Dass

O que foi feito

– Ampliação da fábrica, com criação de novos escritórios, auditório, salas de reunião, laboratório e salas de desenvolvimento de produtos para as principais fornecedoras de roupas esportivas;

– Substituição de todo o sistema de climatização para um sistema mais eficiente e que proporciona mais conforto térmico aos colaboradores;

– Instalação do sistema de ventilação e exaustão, para melhorar ainda mais a qualidade interna do ar;

– Execução do projeto de paisagismo com plantas nativas que não requerem irrigação e espaços para uso da população;

– Sistema de coleta de água de chuva e reutilização de água de processo para diminuir o uso de água potável no processo e nos sanitários.

Certificação Leed - Projeto do Grupo Dass
Alguns detalhes do projeto da Certificação LEED

 

Alguns resultados 

O selo Leed foi obtido em janeiro de 2022 e hoje já podemos ver alguns resultados significativos do trabalho de sustentabilidade e reestruturação do edifício.

Com os ajustes feitos para atender os critérios da certificação LEED, o prédio apresentou uma redução de 31% do consumo de água potável em relação ao edifício base da certificação.

Além disso, houve uma redução de 24% no consumo de energia, quando comparado com um edifício similar.

A longo prazo, o absenteísmo tenderá a cair, já que todos os espaços de ocupação permanente possuem ventilação adequada e acesso a vistas de qualidade, assim como  outras otimizações que irão reduzir o consumo de energia e água do edifício.

Depoimento do cliente

Abaixo o depoimento do engenheiro responsável pela execução da obra, Plinio Schneider, do Grupo Dass:

“A certificação LEED é uma excelente escolha, com ela tivemos oportunidade de promover práticas sustentáveis que são essenciais para um futuro mais consciente, tanto da empresa como do meio em que está inserida.

A certificação LEED trouxe benefícios significativos para a Dass, como a redução de custos operacionais e o fortalecimento da cultura interna além da nossa imagem como uma empresa comprometida com a sustentabilidade em seus 3 pilares.

A consultoria foi muito satisfatória, fornecendo orientações valiosas de formas totalmente esclarecedoras que nos ajudaram a implementar práticas de forma eficaz e com resultados precisos.”

 

Para obter a certificação LEED e ter resultados significativos como o Grupo Dass, entre em contato conosco. Faremos um diagnóstico do seu projeto ou edifício.

Clique aqui para falar conosco.

9 benefícios da certificação LEED para seu edifício

The Walt Disney Company – em Pilar (ARG) – um dos nossos projetos com certificação LEED

 

Primeiro temos que entender exatamente o que é a certificação LEED – é uma sigla para  Leadership in Energy and Environmental Design, um certificado de reconhecimento internacional, que valida edifícios sustentáveis. 

Só neste primeiro parágrafo, já temos uma grande vantagem para a certificação LEED, afinal, o prédio da sua empresa estará de acordo com regras sustentáveis do cenário mundial.

Mas neste texto queremos te mostrar uma série de benefícios que o seu edifício e empresa podem ter ao adotar os critérios estabelecidos pelo LEED.

Confira abaixo.

Redução do consumo de energia

Os edifícios certificados pelo LEED são projetados para serem altamente eficientes do ponto de vista energético. Isso resulta em uma redução significativa no consumo de energia.

Ou seja, além de estar contribuindo para o Meio Ambiente, você terá um alívio no seu orçamento a longo prazo.

Conservação da água

A certificação LEED incentiva a implementação de tecnologias e práticas que visam a conservação da água.

Entre elas, estão o uso de sistemas eficientes, captação de água da chuva e paisagismo sustentável. Essas medidas reduzem o consumo de água potável, preservam os recursos hídricos e promovem a sustentabilidade a longo prazo.

Outra medida ambiental que também traz benefícios econômicos a longo prazo.

Redução de emissão de carbono

A redução na emissão de carbono é um dos maiores desafios da humanidade neste século, principalmente nos próximos anos. Os edifícios certificados pelo LEED adotam estratégias que contribuem com essa redução.

Aqui temos medidas que ajudam muito na luta contra as mudanças climáticas, como a implementação de sistemas de energia renovável, a melhoria da eficiência energética e a promoção do transporte sustentável. 

Redução da geração de resíduos

Outro incentivo interessante é a redução, reutilização e reciclagem de materiais de construção. Os edifícios certificados são projetados para minimizar a quantidade de resíduos gerados durante a construção e a operação.

A sustentabilidade e gestão dos recursos é garantida de forma eficiente. 

Melhor qualidade do ar interior

Imagine transitar por ambientes mais saudáveis e confortáveis, que geram menos doenças e reações alérgicas. Essas são algumas consequências deste benefício.

Os edifícios certificados pelo LEED são projetados para proporcionar uma melhor qualidade do ar interior, através do uso de sistemas de ventilação eficientes, filtragem adequada e controle de poluentes.

Economia em custos operacionais

Como destacamos antes, a economia de recursos naturalmente traz um impacto positivo ao orçamento a longo prazo. Não só pela redução do consumo destes recursos como nos custos mais baixos de manutenção e operação, já que toda estrutura é otimizada com os ajustes previstos na certificação LEED.

Atração de inquilinos multinacionais

Isto é um fato: práticas ambientais são cada vez mais cobradas pela sociedade global. Ao ter o certificado LEED, um prédio passa a ser reconhecido como parte de um compromisso pela sustentabilidade ambiental e luta pelo futuro do planeta.

Algumas empresas multinacionais exigem que seus escritórios sejam em edifícios certificados LEED, portanto é natural que isso atraia empresas internacionais, que valorizam práticas sustentáveis e buscam locais de trabalho que reflitam seus valores corporativos.

Rigorosos critérios de análise e verificação

Para garantir a certificação LEED, o prédio precisa passar por um processo de verificação minucioso e rigoroso. Isso garante que uma grande revisão será feita e que o prédio ganhará mais credibilidade ao conseguir o certificado, já que atendeu a todos critérios.

A confiança aumenta.

Atingir os objetivos ESG

A certificação LEED está alinhada com os objetivos ESG (Environmental, Social and Governance), que visam a integração da sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa. 

E isso reforça ainda mais o compromisso com esses objetivos, atraindo investidores e clientes que valorizam a sustentabilidade como parte integrante de suas estratégias de negócios.

Conclusão

Dizem que sustentabilidade é o futuro. Isso está errado. Práticas sustentáveis são o nosso presente. Estar alinhado com isso é fundamental para qualquer empresa que quer se manter atualizada e atraente para clientes e investidores.

Como vimos neste artigo, a certificação LEED traz benefícios que vão de economia financeira a reconhecimento internacional. 

Para saber como conseguir este certificado, entre em contato conosco.

Basta clicar aqui para iniciarmos um projeto que vai revolucionar o seu prédio.

 

Congresso de Simulação de Edifícios discute perspectivas da simulação aplicada à análise e desempenho das edificações

Sediado em Florianópolis, congresso acontece nos dias 9 e 10 de Março e reunirá especialistas como Dru Crawley, Facundo Bre e Nathan Mendes

A IBPSA – afiliada regional brasileira da International Building Performance Simulation Association – realizará entre os dias 9 e 10 de março de 2023 o VII Congresso Latino-Americano de Simulações de Edifícios – IBPSA LATAM 2023, em Florianópolis.

O congresso deverá receber pesquisadores, professores, estudantes e outros profissionais do mercado, todos interessados em simulação computacional. Os principais temas incluem: técnicas de simulação e desenvolvimento de software; integração de diferentes formas de simular; projeto de construção orientado ao desempenho; e ambiente interno e comportamento humano.

Serão apresentados diversos papers sobre diferentes perspectivas da simulação aplicada à análise de desempenho dos mais diversos tipos de edificação, promovendo um rico debate sobre o presente e o futuro da utilização do recurso.

O congresso contará com a participação de renomados profissinais da área, do Brasil e do exterior, como o Sr. Dru Crawley, Facundo Bre e Nathan Mendes e com o apoio institucional da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC), do South Brazil Chapter e o Florianópolis Student Branch, ambos da ASHRAE.

O Eng. Anderson Letti, diretor do Estúdio Letti e Secretário da IBPSA Brasil participa da comissão organizadora e estará presente no evento.

Para informações sobre os detalhes, por favor, visitem o site do congresso:

http://www.ibpsa.org.br/ibpsalatam2023

Sobre a IBPSA Brasil

A IBPSA-Brasil é a afiliada regional brasileira da International Building Performance Simulation Association, a qual foi fundada para promover a ciência da simulação de desempenho de edifícios a fim de melhorar o projeto, construção, operação e manutenção de edifícios novos e existentes em todo o mundo.

Projeto MAPFRE Ribeirão Preto conquista selo LEED Platinum

É com muita alegria que compartilhamos a conquista da MAPFRE Brasil com o selo LEED Platinum na sua sede de Ribeirão Preto.

Neste projeto tivemos a oportunidade de colaborar com a equipe de projetos da MAPFRE e a Ares Sustentabilidade, realizando o comissionamento para esta nova sede, sendo a primeira seguradora do Brasil a conquistar esse selo de referência mundial em sustentabilidade.

O selo recebido pela MAPFRE é o mais alto fornecido pelo Green Building Council (GBC). Os edifícios que recebem esta certificação oferecem um nível de conforto elevado, com qualidade do ar interior saudável, ao mesmo tempo em que apostam em energias e recursos regenerativos capazes de manter os custos energéticos e operacionais baixos.

Um edifício certificado LEED Platinum deve ser planejado, construído e executado de acordo com os princípios da eficiência energética, aspectos climáticos e conservação da água, sem deixar de lado a comodidade, qualidade para os usuários e a redução do investimento inicial e custos operacionais ao proprietário.

Entre as características do imóvel que o tornam sustentável estão o sistema de captação e reuso de águas de chuva, alto índice de eficiência energética, iluminação 100% em painéis de LED, ponto de carga e vaga para veículos elétricos, redução da ilha de calor e da poluição luminosa, redução do uso de água, alta qualidade do ar interior com sensores de CO2 e filtros de alta eficiência. O conforto dos funcionários e clientes é garantido com um sistema de ar condicionado eficiente, iluminação natural e vistas de qualidade.

O processo de comissionamento serviu para assegurar que os sistemas e componentes da nova sede tenham sido projetados, instalados e testados e que sejam operados e mantidos de acordo com as necessidades e requisitos operacionais da MAPFRE.

Nós do Estúdio LETTi ficamos imensamente orgulhosos em poder contribuir com esta empresa que, além de ser líder em seguros, previdência e saúde também está se destacando pelo comprometimento com a sustentabilidade.

Confira algumas fotos do projeto finalizado!