ESG é uma sigla cada vez mais comum, principalmente nos ambientes profissionais e de negócios. Neste artigo, vamos trazer alguns esclarecimentos importantes sobre ESG e indicar alguns caminhos para colocar ele em prática.

O que é ESG?

Bom, mas afinal, o que é ESG? 

ESG significa ambiental, social e de governança (environmental, social & governance)) e refere-se a um conjunto de padrões usados para medir o impacto ambiental e social de uma organização. Normalmente, é usado no contexto de investimentos, embora também se aplique a clientes, fornecedores, funcionários e ao público em geral.

O termo “ESG” foi popularizado no século XXI e frequentemente aparece na mesma conversa que sustentabilidade e responsabilidade social corporativa (RSC, ou CSR em inglês). No entanto, enquanto a sustentabilidade e a RSC funcionam mais como filosofias ou metas finais, o ESG é mais tangível; ele abrange os dados e as métricas necessárias para embasar a tomada de decisões tanto para empresas quanto para investidores.

As três dimensões do ESG

Ambiental

Refere-se ao fato de a organização estar operando como administradora do meio ambiente e abrange questões ambientais como mudanças climáticas, emissões de gases de efeito estufa (GEE), desmatamento, biodiversidade, emissões de carbono, gestão de resíduos e poluição. 

Social

Refere-se ao impacto que a organização tem sobre as pessoas, a cultura e as comunidades e analisa o impacto social da diversidade, da inclusão, dos direitos humanos e das cadeias de suprimentos.

Governança

Refere-se à forma como a organização é dirigida e analisa fatores de governança corporativa, como remuneração de executivos, planejamento de sucessão, práticas de gestão do conselho e direitos dos acionistas.

Qual a importância do ESG?

O impacto que uma empresa pode ter sobre o ecossistema ao seu redor ficou muito claro, seja em escala global ou em sua comunidade local.

A preocupação com as mudanças climáticas, direitos humanos e valorização profissional tem se tornado assuntos cada vez mais relevantes no debate social, tornando esses pilares algo essencial a existência de uma empresa na atualidade.

Um dos maiores indicadores dessa mudança, é o fato da bolsa de valores mais popular do mundo, a Dow Jones, incluir ESG como um dos índices de pontuação relevantes para as empresas. E a tendência é isso se tornar ainda mais forte, uma vez que o ESG tem o poder de contornar problemas que se tornam cada vez mais urgentes na nossa sociedade.

Como as métricas de ESG são divulgadas?

As organizações estão cada vez mais incluindo métricas de ESG em seus relatórios anuais para ajudar as partes interessadas a fazer escolhas de investimento mais sustentáveis.

Por meio dos relatórios de ESG, as empresas podem mostrar como se comparam aos benchmarks (referências) e metas do setor, usando dados qualitativos e quantitativos para medir seu progresso em todas as iniciativas de ESG. Os relatórios de ESG também fornecem às partes interessadas os entendimentos necessários para a tomada de decisões informadas, destacando os possíveis riscos e oportunidades de ESG que podem afetar o valor de longo prazo da empresa. 

Há várias maneiras de elaborar um relatório de ESG. Normalmente, eles são criados usando uma estrutura ESG estabelecida que pode oferecer instruções sobre quais tópicos ESG devem ser enfocados. As estruturas de ESG também ajudam as organizações a entender a melhor forma de estruturar e preparar as informações para divulgação, de modo que possam obter uma classificação ou pontuação de ESG mais alta.

Uma pontuação de ESG é usada para acompanhar o desempenho de ESG de uma empresa, proporcionando maior visibilidade de suas operações para investidores, partes interessadas e órgãos reguladores. As organizações que fornecem relatórios de ESG mais robustos geralmente têm uma pontuação mais alta, enquanto aquelas que não monitoram ou não apresentam seu desempenho de ESG geralmente têm uma classificação de ESG mais baixa.

A Task Force on Climate-related Financial Disclosure (TCFD) é uma organização que fornece um conjunto de recomendações de divulgações relacionadas ao clima que as empresas e instituições financeiras podem usar para informar os acionistas. Da mesma forma, o Sustainability Accounting Standards Board (SASB) ajudou a estabelecer e manter padrões específicos do setor para orientar a divulgação das informações de sustentabilidade das organizações.

Os investidores institucionais também podem procurar organizações como Morningstar, Morgan Stanley Capital International (MSCI) e outras para oferecer dados de ESG sobre determinadas empresas. Todos esses provedores desempenham um papel fundamental no fornecimento das principais métricas de ESG que podem ajudar a determinar a capacidade de investimento de uma organização.

O que são as regulamentações de ESG?

Existem várias regulamentações que foram criadas para ajudar as empresas a levar em conta os fatores de ESG. Por exemplo, a Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD) é uma legislação da União Europeia que exige que as empresas relatem o impacto ambiental e sustentável de suas atividades comerciais, bem como suas iniciativas de ESG. 

A Sustainable Finance Disclosure Regulation (SFDR) tem o mesmo objetivo, padronizando a divulgação de métricas de ESG. 

Várias estruturas também foram criadas para auxiliar as empresas em sua divulgação de ESG. Na Europa, o Carbon Disclosure Project (CDP) permite que as empresas forneçam informações ambientais aos seus acionistas e consiste em gerenciamento de riscos e oportunidades, metas ambientais, bem como análise de estratégias e cenários. 

Na mesma linha, a Global Reporting Initiative (GRI) oferece uma estrutura global que padroniza as abordagens de materialidade, relatórios de gestão e divulgação para uma gama completa de questões de ESG.

Embora essas normas e estruturas sejam projetadas para orientar as organizações e os investidores em direção a práticas comerciais mais sustentáveis, elas não são um impedimento infalível contra o greenwashing ou a fraude verde. Tampouco são um amortecedor para uma ruptura global.

LEED e ESG 

O LEED é uma peça fundamental nos relatórios de ESG.

Ao apoiar edifícios certificados, as empresas comprovadamente podem economizar verba, melhorar a eficiência energética, reduzir as emissões de carbono e criar locais mais saudáveis para as pessoas. 

Os edifícios LEED são essenciais para lidar com as mudanças climáticas e cumprir as metas de ESG, aumentando a resiliência e apoiando comunidades mais equitativas. 

Além disso, o LEED ajuda os investidores a atingir suas metas de ESG, uma vez que é um certificado internacionalmente reconhecido pelo mercado. 

Conclusão

A crescente relevância do ESG é importante para a sociedade, melhorando a relação das empresas com sua comunidade, para as próprias empresas, com mais indicadores de gestão de qualidade, e para o meio ambiente, através de ações que minimizem o impacto negativo nos recursos naturais.

À medida que as preocupações ambientais, sociais e de governança se intensificam, o ESG surge como um instrumento crucial para avaliar e promover práticas sustentáveis ​​e responsáveis.

A sua importância é destacada pelo seu papel na tomada de decisões de investimento, na gestão de riscos e oportunidades, e na construção de um futuro mais justo e equitativo.

A inclusão de métricas de ESG nos relatórios anuais das empresas demonstra um compromisso com a transparência e a prestação de contas, fornecendo aos investidores informações essenciais para tomarem decisões de onde colocar seu dinheiro.

No entanto, é importante reconhecer que o ESG não é uma solução infalível, e desafios como greenwashing e fraudes ainda persistem. Portanto, é essencial manter um olhar crítico e buscar constantemente aprimoramentos nesse campo.

Para isso, nós, da Estúdio Letti, podemos colaborar na análise de sustentabilidade das edificações de sua empresa e propor medidas que irão colaborar com as metas ESG e, principalmente, com a redução do consumo de energia e água e melhorar a qualidade de vida dos ocupantes.

 

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