Um dos nossos propósitos aqui no blog é mostrar como alguns problemas ambientais atuais, têm solução. Um dos mais comuns e que tem bastante impacto é o efeito ilha de calor. Este é um fenômeno amplamente estudado no campo da climatologia e geografia urbana.
Resumidamente, o efeito Ilha de Calor se refere a um aumento significativo das temperaturas em áreas urbanas em comparação com as áreas rurais circundantes. Neste artigo vamos explicar tudo sobre esse efeito e indicar as melhores práticas para minimizá-lo.
O que é o Efeito Ilha de Calor?
Agora vamos ampliar este conceito.
O efeito ilha de calor é uma condição na qual as áreas urbanas se tornam consideravelmente mais quentes do que as áreas rurais circundantes.
Superfícies escuras e não reflexivas usadas para estacionamentos, estradas, telhados, calçadas e outras áreas absorvem o calor do sol e irradiam calor, criando ilhas de calor. As áreas urbanas podem ter temperaturas de 1º à 3ºC mais quentes do que as áreas suburbanas durante o dia e até 12ºC mais quentes durante a noite.
Um estudo sobre o aquecimento da superfície resultante da urbanização rápida no leste da China descobriu que as ilhas de calor urbanas eram responsáveis por 24% do aquecimento regional.
Sua manifestação varia de acordo com o tamanho e a densidade populacional da cidade.
Causas do Efeito Ilha de Calor
Há diversas causas para o efeito Ilha de Calor. Alguns deles:
Substituição de áreas naturais por superfícies impermeáveis
Quando áreas verdes, como florestas e campos, são substituídas por estruturas de concreto e asfalto, a capacidade de refletância de calor do solo é reduzida, levando a temperaturas mais altas. O concreto e o asfalto retêm calor e o liberam lentamente, resultando em noites mais quentes.
Baixa vegetação
A falta de árvores e áreas verdes nas cidades reduz a sombra e a capacidade de resfriamento da vegetação, contribuindo para o aumento das temperaturas urbanas.
Densidade populacional
Quanto maior a densidade populacional de uma área urbana, maior a quantidade de calor gerado pelas atividades humanas, como tráfego e consumo de energia.
Emissões de poluentes
As áreas urbanas são centros de atividades humanas, o que resulta em emissões significativas de poluentes do ar, como dióxido de carbono, óxidos de nitrogênio e partículas finas. Esses poluentes contribuem para o aquecimento local, agravando o efeito ilha de calor.
Consequências do Efeito Ilha de Calor
Tudo que afeta o meio ambiente, acaba nos afetando. Infelizmente, na maioria das vezes são efeitos prejudiciais à vida. É importante ter consciência sobre eles, porque só esse entendimento faz com que sejam tomadas medidas para evitá-lo.
Vejamos quais são:
Aumento do consumo de energia
As temperaturas mais altas nas cidades exigem mais energia para resfriamento, o que pode resultar em contas de energia mais caras e pressão sobre as infraestruturas elétricas.
Alterações climáticas locais
O efeito ilha de calor pode afetar o padrão de ventos e precipitação local, tornando a área urbana mais suscetível a chuvas torrenciais e enchentes.
Impacto na saúde
O aumento das temperaturas urbanas pode levar a problemas de saúde, como insolação, desidratação e agravamento de doenças cardíacas e respiratórias.
Depleção da biodiversidade
A alta temperatura e a falta de vegetação nas cidades tornam difícil a sobrevivência de espécies vegetais e animais nativas, podendo colaborar para sua redução.
Como Mitigar o Efeito Ilha de Calor
De acordo com um estudo realizado nas áreas metropolitanas de 5 cidades norte-americanas, pelo Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, o potencial de economia de energia das medidas de redução das ilhas de calor varia de 4 milhões a 15 milhões de dólares por ano.
Os esforços para reduzir as ilhas de calor podem ter um período de retorno razoável quando incluídos como parte de uma abordagem integrada para melhorar o desempenho dos edifícios.
Algumas estratégias incluem a instalação de painéis solares para sombreamento ou o uso de um telhado vegetado para isolar um edifício e prolongar a vida útil do telhado.
Outra maneira é colocar materiais de alta refletância (mais “brancos”) na cobertura e nas áreas externas não vegetadas do térreo.
A unidade de medida mais eficaz da capacidade de um material de cobertura de rejeitar o calor solar é o índice de refletância solar (SRI). E para medir a rejeição de calor solar de componentes que não são materiais de cobertura, ou “não relacionados ao telhado”, como sombreamento e pavimentação é o índice usado é a refletância solar (SR) é usada neste crédito.
Sugerimos às equipes de projeto a adoção de uma variedade de estratégias, incluindo a redução de áreas duras e a incorporação de materiais de alto SRI ou SR, como vegetação e estacionamentos sombreados, que minimizem o impacto de um edifício para os efeitos de ilhas de calor na área urbana.
Conclusão
Fica claro que o Efeito Ilha de Calor é um problema sério que traz consequências prejudiciais à qualidade de vida e ao uso de recursos naturais.
Suas causas estão relacionadas à urbanização e à falta de planejamento urbano sustentável. No entanto, medidas podem ser tomadas para combater esse fenômeno, melhorando a qualidade de vida das pessoas que vivem em áreas urbanas e reduzindo os impactos ambientais negativos. A conscientização e a ação coletiva desempenham um papel fundamental na luta contra o efeito ilha de calor e na criação de cidades mais sustentáveis.
A redução do efeito Ilha de Calor é um dos pontos observados pela certificação LEED, para saber mais sobre sua aplicação, entre em contato conosco. Basta clicar aqui!